Por Marcos J. T. Oliveira, repórter freelancer do DT
A capital gaúcha oferece uma boa opção de hospedagem que privilegia economia com boa localização: o Porto Alegre Hostel Boutique. O DIÁRIO esteve por lá e conversou com um dos proprietários, Carlos Augusto Silveira. A sociedade é dividida com a filha Bibiana. Mochileiro com mais de 40 anos de viagens ao redor do mundo, Carlos é um empreendedor que não se cansa de viajar para conhecer. Seja a trabalho ou a passeio, para férias, eventos, congressos, feiras de turismo etc.
O fundador do Hostel Boutique é professor universitário, consultor do Sebrae na área de turismo, foi presidente da Associação de Hostels do Rio Grande do Sul e de diversas associações comunitárias, entre elas, uma que trabalha pela revitalização do bairro floresta, onde se encontra o Hostel.
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DIÁRIO – Como nasceu o Hostel Boutique em Porto Alegre?
CARLOS AUGUSTO: A ideia de abrir um hostel em Porto Alegre veio junto com minha filha Bibiana. Temos um hostel com 120 vagas em Santo Ângelo, região das Missões, extremo sul do Rio Grande do Sul. A grande referência era a falta de hospedagens similares aqui na cidade e a Copa do Mundo, que estava chegando. Queríamos aproveitar aquele momento do esporte e a visitação maciça em Porto Alegre. Então, fundamos em dezembro de 2011 o Hostel Boutique neste casarão tombado pelo patrimônio histórico. Fizemos toda uma adaptação e inauguramos oficialmente.
DIÁRIO – Falando em Copa do Mundo, valeu a pena o investimento? O evento foi positivo para vocês?
CARLOS AUGUSTO: Sim. Totalmente. Lembro que tivemos lotação durante todo o período da Copa. Era gente do mundo inteiro e a todo o momento. Aliás, desde que abrimos sempre tivemos uma ocupação muito boa, acima de 30 hóspedes (temos 60 leitos). O ano de 2015, no entanto, tivemos uma ligeira queda.
DIÁRIO – Como é o dia a dia do bairro e que projetos você já empreendeu com o Hostel Boutique?
CARLOS AUGUSTO: Quando inauguramos, passamos a trazer um público de jovens, mochileiros, visitantes de passagem pela cidade. E são pessoas que já tem uma cultura ligada às artes, à economia criativa. Começamos a fazer reuniões com os vizinhos. No início reuníamos muitas pessoas, mas depois poucos foram ficando, mas viram o retorno. A Floresta tornou-se uma espécie de distrito criativo de Porto Alegre. A conclusão disso é o grande número de ateliês, galerias de arte, espaços culturais que foram abertos nos últimos anos aqui no entorno.
Como o bairro também é conhecido como a zona da prostituição, recentemente realizamos um grande evento, o Randevu Vila Flores, um evento artístico com temática erótica que propôs um diálogo entre teatro, música, circo, artes plásticas, gastronomia, vestuário, poesia e a economia criativa. Ali estavam diversos atores, instituições, produtores culturais e, inclusive, as prostitutas. Uma experiência que combina com o bairro e virão mais projetos similares por aí.
