Caiaques coloridos brilhantes balançavam ao redor do casco apodrecido de um submarino da Segunda Guerra Mundial que foi oxidado até se tornar uma casca fantasmagórica, banhada por água tão salgada como lágrimas. Remadas por turistas, as embarcações se moviam lentamente para alcançar mais partes do “cemitério de navios” que fica na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em um tour que atrai interessados em turismo de áreas decadentes.
O estaleiro é local de descanso de dezenas de barcos e navios militares após anos de trabalho. Antes de acesso limitado e com restrições para visitantes, alguns desses ferros-velhos marinhos foram reformulados como atrações turísticas.
Apelidada de “turismo de ruína”, essa atividade atrai pelas fotografias dramáticas que mostram barcos deteriorados aparecendo na maré baixa ou carcaças de automóveis engolidas por um musgo exuberante.
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“Esses locais são geralmente apreciados por sua autenticidade ou valor como ruína contemporânea”, diz Karl Kullmann, professor de arquitetura da paisagem, planejamento ambiental e urbanismo na Universidade da Califórnia em Berkeley.
Cemitério de lembranças
O tour pelo cemitério de navios em Arthur Kill, uma área que separa os estados de Nova Jersey e Nova York, está normalmente esgotado e é mais popular do que outros passeios considerados mais tradicionais, como tours bucólicos por rios e lagos.
“O que torna o que é lixo para uma pessoa em destino turístico para outra, parece ser a habilidade de despertar a imaginação”, diz o operador de turismo John Pagani, da Kayak East.
Um dos navios pelo qual o tour passa é o submarino PC-1264, cuja função era perseguir barcos alemães para proteger comboios de mercadorias dos aliados durante a travessia do Atlântico na Segunda Guerra Mundial. (Reuters)