Turismo do México apresenta Carta ao Brasil e estabelece aliança mais que econômica, emocional

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Uma coisa, no entanto chamava a atenção neste balanço apresentado por Diana. Mas não eram os números

Por Paulo Atzingen*

O que convence um turista a viajar para um destino é com certeza seu envolvimento, sua cultura, sua energia, sua sinceridade e outros elementos humanos que o destino exala e tocam a mente e o coração das pessoas, independente de nacionalidade.  Foram mais ou menos essas “estratégias” de vendas comumente utilizadas por agentes de viagem que Diana Pomar, diretora do Conselho de Promoção Turística do México (CPTM – Brasil) usou nesta quinta-feira (14) para apresentar o seu Plano Estratégico de Mercado 2018, em São Paulo.

“Todos vocês, em algum momento demonstraram solidariedade ao nosso país”, disse Diana logo no início de sua apresentação lembrando os grandes cataclismos que o México experimentou este ano. (Terremoto na Cidade do México e Furacão no Caribe, ambos em setembro). Ela se dirigia a operadores e agentes de viagem, companhias aéreas e veículos de comunicação presentes ao café  da manhã no restaurante Obá, na região dos Jardins. Diana tem se destacado no cenário do turismo nacional – auxiliada, logicamente, por uma equipe técnica e preparada – em propor novas formas de abordagem e de venda de seu destino sem cair no lugar comum do marketing pelo marketing.

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Portfólio de ações

Uma coisa, no entanto chamava a atenção neste balanço apresentado por Diana. Não, não eram os números (283.327 mil brasileiros no México em 2016 e a expectativa de um crescimento em torno de 22% de brazucas em terras maias até o fim deste ano), mas sim a capacidade que  Diana Pomar teve de reunir em um mesmo lugar empresas concorrentes e, arrisco dizer, até arquirrivais, para propor uma coisa: colaborar com seu plano estratégico de forma conjunta para o turismo de seu país. “O que vamos precisar? Apresente-nos um portfólio de ações já desenvolvidas para o destino, número de passageiros embarcados, número de room nights vendidas, destinos que se destacaram, incluam em seus relatórios para integrarmos os parceiros em nossas campanhas institucionais”, afirmou a executiva antes de apresentar mais detalhes da campanha  Um Mundo em Si. “Com nosso plano anterior executado há cinco anos, “Viva para Acreditar”, ocupávamos o 15º posto no ranking global de ingressos de turistas. Hoje, com o novo plano já em andamento, somos o 8º”, ponderou Diana. Em 2016 o país recebeu 35 milhões de turistas internacionais e segundo prognósticos, neste ano baterá os 38 milhões. A campanha World on its own (Um Mundo em Si) oficialmente começou em setembro nos Estados Unidos.

Diana acredita que no ano que vem seu país terá um acréscimo de 10 a 12% de pessoas falando português- brasileiro (Foto: DT)
Diana acredita que no ano que vem seu país terá como visitantes um acréscimo de 10 a 12% de pessoas falando português- brasileiro ou arriscando o portunhol (Foto: DT)

Prioridades e oportunidades no México

Diana apresentou os destinos com maior oportunidade de comercialização aos operadores, enfatizando os já tradicionais e os que despontam como novas apostas: Riviera Maya, Puerto Vallarta, Los Cabos, Acapulco, Cancun, Cidade do México entre outros.

“Nossas prioridades de mercado em 2018, acrescentou a executiva, são incrementar os investimentos econômicos para a promoção do nosso país, aumentar a permanência do brasileiro no México, diversificarmos a oferta de produtos e destinos”, enfatizou.

Prognósticos

Sem querer fazer prognósticos para 2018 por ser um ano político tanto aqui como no México em função das eleições gerais, Diana acredita, no entanto, que mesmo assim o ano que vem seu país terá um acréscimo de 10 a 12% de pessoas falando “português-brasileiro”, ou arriscando o portunhol. “Acredito que com o início de nossa campanha e a ajuda de vocês,  alcançaremos em 2018 os 380 mil brasileiros”, arriscou, com ressalvas.

Nomes parceiros

Diana citou com afeto as companhias aéreas parceiras responsáveis em levar e trazer brasileiros que ficam lá em média nove noites e têm um gasto médio de US$ 1.755 dólares; são elas:  Avianca representada por Camila Proença, Copa Airlines Mariana Treviza, Aeromexico Bruna Freitas e Latam e o incremento de suas frequências. Lembrou do papel fundamental das operadoras presentes, algumas representadas por seus diretores: CVC Rodrigo Vaz e Paula Rorato, MMT Marcelo López, Flot Thiago Barbosa, BWT Bruno Delfino, Orinter Tour & Travel Jorge Souza, Flytour Marcelo Paolillo, 55 Destinos Fernanda Almeida, Agaxtur Isadora Silvestre, TGK Martha Shinozaki, Viajar Barato Luiz Vieira, Viaja Net Taisa Silva.

Em 2016 o país recebeu 35 milhões de turistas internacionais. Em 2018 os prognósticos atingem os 38 milhões
Em 2016 o país recebeu 35 milhões de turistas internacionais. Em 2018 os prognósticos atingem os 38 milhões

Carta

Ao final, uma carta do México ao Brasil, em áudio, enfatizou as ligações sócio-culturais que os dois países possuem, e uma forma de tratamento singela: “Meu Caro Brasil, somos  América Latina, somos gigantes que acordamos e nossas línguas, apesar de diferentes, nos entendemos”. E se despede, também, informalmente: “Precisamos nos ver um pouco mais. Seu amigo, México”. Excepcional forma de ganhar os corações e mentes de quem divulga, promove e vende o México para o Brasil.

*Paulo Atzingen é jornalista

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