Turismo pedagógico cresce no Brasil

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Uma experiência transformadora de ensino, fora do ambiente da sala de aula. Essa é a proposta do turismo pedagógico, nicho de mercado que mais que dobrou nos últimos cinco anos. Dados do cadastro nacional de prestadores de serviço do setor (Cadastur), do Ministério do Turismo, mostram que, atualmente, 2.129 agências de viagem operam no segmento “estudos e intercâmbio”, 125% a mais do que em 2009, quando eram 945.

Ao contrário do tradicional passeio escolar, que geralmente visa apenas lazer, o turismo pedagógico se caracteriza por viagens programadas dentro do calendário escolar, além de ser objeto de notas e provas. Nas escolas públicas, há exemplos de programas bem sucedidos para o incentivo a esse tipo de viagem. Um deles é o projeto Viva Ciranda, da Fundação Turística de Joinville (SC), que incentiva a visita de estudantes das escolas municipais a propriedades rurais da região ao custo de R$ 7 por pessoa, além de oferecer um ônibus gratuitamente.

“O turismo pedagógico vem para quebrar a ideia de que o ensino só ocorre na escola e só com o professor”, afirma David Carolla, professor de Turismo do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

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As oportunidades incluem excursões periódicas com uma média de 80 estudantes por vez, justamente no período da baixa temporada. Há ainda a possibilidade de formar e fidelizar novos clientes, tanto entre os alunos como entre os pais.

Ricardo Leite Vieira, guia de turismo com 10 anos de experiência em roteiros pedagógicos em Pernambuco, explica que a agência é responsável por toda a logística da viagem. “O agente tem que oferecer a infraestrutura que inclui, por exemplo, condições para uso do material didático durante a excursão, enfermeiros, seguros e alimentação adequada”, diz.

Antes de entrar no segmento, contudo, os agentes e guias de turismo precisam se qualificar. A agência tem que estar alinhada com o professor. Para garantir a qualidade do aprendizado dos alunos, a agência deve promover reuniões detalhadas com a direção da escola e os professores, a fim de estabelecer qual a infraestrutura e locais mais adequados para complementar o conteúdo de sala de aula.

MVB

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