Em torno de 3% dos turistas do mundo, segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), têm como destino lugares que se enquadram como turismo rural. “A atividade cresce 6% ao ano, reforçando a tese de que existe uma tendência de que o turista não quer ser mero espectador, e sim visitar lugares na busca de suas raízes, vivenciando experiências que o revigoram e remetem a um passado rico e harmônico”, observa a instrutora da área do turismo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Minas Gerais (Senar Minas), Dora Pedroso.
Para ela, Minas possui um imenso potencial turístico ainda pouco explorado, que necessita de organização, capacitação, bem como apoio público no que se refere à infraestrutura básica de acesso, sinalização, transportes e informação. O Senar Minas possui dois cursos voltados para o turismo rural: Empreendendo o Turismo e Condutor de Trilhas.
Dora explica que há também o Programa de Qualificação para Turismo Rural, que tem 256 horas de carga horária, divididas em vários módulos, entre eles, potencialidades e oportunidades de negócios turísticos no meio rural, condução de turismo, hospedagem e atendimento ao cliente, entre outros.
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O diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ressalta que, desde 2012, o segmento é considerado prioritário na carteira de turismo da entidade, que está investindo R$ 6 milhões em projetos voltados para o turismo rural, que atendem em torno de mil empreendimentos em todo o país.
“Os empresários participam de cursos, palestras, oficinas, consultorias e ações de promoção comercial que vão ajudar na melhoria da gestão dos empreendimentos, no aumento do faturamento dos negócios e no fortalecimento das lideranças do segmento”, diz.
Para o diretor-técnico, os obstáculos do setor estão no rol dos desafios. “Envolvem, por exemplo, a necessidade de melhorar o ambiente legal, no sentido de tornar viável a regularização dos pequenos negócios desse setor. A legislação atual ainda não reconhece o turismo rural como um tipo de atividade rural e temos o Projeto de Lei (PL) 5.077/2009, que traz algumas definições legais novas, e vamos avançando em um processo contínuo de aprimoramento”, observa.
