Turismo se faz com cinco C´s, por Otaviano Maroja*

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Por definição, a atividade turística representa o conjunto dos serviços necessários para atrair aqueles que fazem turismo e dispensar-lhes atendimento por meio de provisão de itinerários, guias, acomodações e transporte. Mas todo esse significado pomposo pode ser resumido com muito mais simplicidade: comunicação, captação, capacitação, controle e cooperação.

Inspirado nestes cinco C´s, o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau entendeu que era o momento de disseminar, ao mercado brasileiro e internacional, os mais variados atributos do destino – muito além do que já observam os cerca de um milhão de turistas que recebemos anualmente. O quinto destino de lazer mais visitado do Brasil é também um cenário propício para atrair eventos de negócios, que contribuem para impulsionar a economia local. Faltava, porém, um projeto efetivo para evidenciar Porto de Galinhas como um lugar completo, para todos os públicos.

A primeira etapa consistirá na elaboração de ações como o Marketing Turístico, que norteará o posicionamento de Porto de Galinhas entre 2016 e 2020. Na sequência, será criada uma campanha integrada que visa a realçar a imagem do destino por meio de experiências. Um website oficial incluirá recursos como tour virtual, treinamentos online para agentes de viagem e promoções para associados. Também estão em pauta a dinamização de páginas em mídias sociais, a criação de um aplicativo e de estratégias que impulsionem ferramentas de e-commerce para venda de pacotes e roteiros, bem como a impressão de novos materiais para divulgação junto a agentes e operadores turísticos.

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Enquanto se divulga Porto de Galinhas, é preciso ir à procura de mais eventos. Para isto, a captação de eventos será considerada um dos principais pontos de atuação. A meta inicial é participar de dez feiras de negócios e ter, no mínimo, cinco eventos captados ou apoiados por ano. Também está sendo planejada a elaboração de um banco de dados dos eventos que poderão ter Porto de Galinhas como sede. Outro objetivo deve ser o fomento dos fambusiness, para estimular presidentes de entidades setoriais, ligadas a segmentos como medicina, ciência e tecnologia, a fazer uma imersão pelos atrativos da região.

O marketing turístico do Brasil pode reunir imagens-símbolo e captar com absoluta sensibilidade nossos atributos. Entre eles, a hospitalidade. Mas onde ela está? Nos sorrisos fáceis, nos batuques, no despojamento, na miscigenação, no clima tropical? Também, mas não apenas nessas ocasiões. Ela está, sobretudo, no profissionalismo e no marketing de serviços. Os cartões-postais, na maioria das vezes, são responsáveis por trazer os visitantes, mas não serão eles que irão atender quem desembarca em Recife, quem adentra um hotel ou pega um táxi. É necessário capacitar, treinar e qualificar.

Queremos sempre melhorar. É por isto que as equipes dos hotéis, resorts e pousadas associadas, de recepcionistas a gestores financeiros e de marketing, já estão passando por uma série de treinamentos. Os temas variam entre a importância da nova Contribuição Opcional Turística e Ambiental (COTA), conhecida internacionalmente como room tax, e tendências de mercado – entre as quais motor de reservas, revenue management, marketing digital, turismo de experiência, sustentabilidade e acessibilidade. A ideia é capacitar ao menos quatro vezes cada empreendimento.

O mapeamento detalhado do destino garante o norte para todo o processo de divulgação, permitindo a prospecção de oportunidades promissoras. Por isto, é essencial montar um banco de estatísticas abrangendo o perfil dos visitantes, calendário e segmentação de eventos – feiras, congressos, shows e festivais.

Todo este trabalho minucioso, porém, não resiste à ausência de cooperação. Parcerias público-privadas possibilitam unir conhecimentos, contatos e credibilidade. Órgãos públicos e entidades como o Sebrae, abraçados com a iniciativa privada, podem dar vazão a reconhecidos talentos do destino em áreas como artesanato, música e gastronomia, mas que carecem de assistência e recursos técnicos e financeiros para mostrar suas aptidões.

Praias paradisíacas, verão o ano todo e raridades como as piscinas naturais já são um belo empurrão para atrair visitantes. Queremos agora potencializar as atividades e o profissionalismo, tornando os cartões-postais uma referência também na prestação de serviços.

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*Formado em Administração de Empresas, Otaviano Maroja é presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, além de executivo do setor hoteleiro

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