A empresa afirma que não foram comprometidos os números de seguridade social, que equivale ao RG no Brasil, ou a localização das viagens
J. Jimenez – (El País) – O Uber, a startup mais valiosa do mundo, avaliada em mais de 50 bilhões de dólares, reconheceu que há um ano sofreu um ataque de hackers que afetou mais de 57 milhões de contas: sete milhões de motoristas e 50 milhões de passageiros em todo o mundo. Joe Sullivan, até há algumas horas era o responsável pela segurança do Uber, foi o primeiro a cair devido ao escândalo. O diretor foi demitido não só pelo erro, mas por tê-lo mantido oculto.
“Não podemos apagar o passado”
Sob a nova liderança de Dara Khosrowshahi como presidente, a empresa optou agora por reconhecer o erro e afirma que ninguém fez uso desses dados. “Isso não poderia ter acontecido. Não tem desculpa. Estamos mudando nossa forma de trabalhar”, afirmou o executivo, que reconheceu que teriam de ter avisado as autoridades em vez de esconder a invasão. “Foram tomadas medidas de imediato e se negou o acesso aos hackers, também reforçamos o sistema”, insistiu Khosrowshahi em um comunicado. “Não podemos apagar o passado, mas podemos nos comprometer a aprender com os erros”, concluiu.
Nos últimos anos, esse tipo de ataque a empresas de tecnologia foi uma constante, mas em relação aos os roubos sofridos por Yahoo, Equifaz e Target, o do Uber é menor. A gravidade do escândalo está na ocultação do fato e no pagamento dos hackers em vez da denúncia. Espera-se mais baixas na equipe de segurança por esse mesmo motivo.