Por Lucila Nedelciu
Desde que começamos a planejar a viagem, em fevereiro passado, sabíamos que ela seria maravilhosa. Mas é claro que ao chegar a esses destinos, nos surpreendemos muito mais. Tailândia, Nepal, Tibete e Butão são países incríveis, que devem fazer parte dos planos de quem aprecia lugares diferenciados. Voltei ainda mais surpresa, tamanhas preciosidades vistas e momentos inesquecíveis vividos em 18 dias.
A viagem a esses países começou a ser planejada quando Humberto Gentil, astrólogo e amigo, recomendou que eu passasse meu aniversário na Tailândia, para que as energias influenciassem muito positivamente meu ano astral e nas três áreas: física, material e espiritual. Aproveitei a recomendação e, junto a meu marido e sócio, Roberto, começamos os preparativos, pois a viagem para ser perfeita precisa ser pensada e planejada com atenção. Porém, quando falamos em Ásia, tudo aumenta em uma proporção vertiginosa, e, dessa forma, estendemos o roteiro para outros países.
Começamos por Kathmandu, capital do Nepal, onde já estivemos anteriormente; porém, queríamos ver de perto como estava o país após o terremoto de 2015. Para nossa surpresa, as perdas, apesar de lastimáveis, foram mínimas. Poucos templos ruíram e ainda há muitos a serem visitados. Outro motivo para começarmos em Kathmandu é importantíssimo e necessário: nesses locais, tiramos os vistos para o Tibete e o Butão.
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Em seguida, fomos ao Tibete, que sempre atrai por sua espiritualidade. Visitamos Lhasa e, para outra surpresa, a cidade foi “invadida” pelos chineses na construção civil, com muitos prédios, pontes e comércio efervescente. Lá, os quatro principais templos (cujo principal é o Potala), encantam por sua arquitetura e beleza. Todos os dias, milhares de visitantes do mundo inteiro passam pelo local e se juntam às pessoas entoando mantras, num processo de peregrinação, em busca da intervenção de Buda e todas as suas manifestações para a espiritualidade.
O Butão foi uma surpresa ainda mais maravilhosa, pois é considerado a reino da felicidade; dá para ver assim que chegamos, pois realmente o destino emana uma energia muito boa. O governo ainda limita o turismo, colocando algumas restrições como o visto de entrada. Além disso, estabelece um valor mínimo de hospedagem e passeios que cada turista deve gastar por dia enquanto estiver no país. Outra característica interessante do Butão é que não tem semáforo, o que é meio que inconcebível para nós; mas o máximo que eles têm é um guarda no meio de uma encruzilhada apitando para fluir melhor o trânsito, que tem cerca de 20 carros apenas.
Thimpu, a capital, e Paro, as principais cidades, estão em vales rodeados por montanhas, com um rio limpo que vem do Himalaia e que torna o cenário espetacular. A cidade de Punakha, muito charmosa também, é alcançada por uma serra de mais de 3.000 metros de altitude, com curvas acentuadas em meio a paisagens de plantação de arroz, templos e montanhas até chegar no vale. Além da beleza natural, uma curiosidade: as casas contém uma pintura que simboliza a fertilidade: o falo. Existe até um templo que é conhecido como templo da fertilidade e as mulheres que não conseguem ter filhos visitam esse templo para pedir um milagre.
Para terminar a viagem e comemorar o meu aniversário, fomos para Bangkok, na Tailândia, passar quatro dias. Embora já conhecêssemos a cidade, pedimos um roteiro diferente dessa vez. E para a minha surpresa, o meu operador do país preparou diversas experiências de acordo com o meu perfil. Sabia que eu gostava de artes e logo incluiu um tour por galerias de artes. Confesso que foi uma das surpresas mais interessantes da minha vida. Vi pinturas em telas de um artista famoso de Myanmar, que me encorajaram a pintar réplicas. Ainda f fizemos uma aula de culinária tailandesa, na qual aprendemos como cozinhar quatro pratos.
Tivemos também um encontro com astrólogo e monges fora do ambiente turístico, num templo que não é visitado por turistas. E foi muito emocionante ter uma sessão privativa de muito conhecimento sobre o budismo e meditação com eles e ainda e participar de cerimônias ao som de mantras. Por fim, comemorei o meu aniversário por 36 horas, uma vez que estava 10 horas na frente do horário no Brasil. Com toda essa energia, acho que comecei bem o meu ano astral! Certamente, foi uma das viagens mais lindas da minha vida.
Importante: caso esteja planejando viajar para esses Tibete e Butão, a melhor época para viajar é de abril a setembro. Para Nepal e Tailândia, é possível viajar o ano todo, porém é preciso ficar atento à época de chuvas.