União Europeia vai exigir teste de covid para chineses

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Vários países da União Europeia, como França, Espanha e Itália, já anunciaram a imposição de controles próprios para viajantes vindos da China. Essas exigências devem começar nos próximos dias.

Os países-membros da União Europeia preparam as condições para a adoção coordenada de controles para viajantes que chegam da China – que podem incluir testes obrigatórios logo antes da viagem -, já que o bloco trabalha para garantir que a reversão repentina da política chinesa de covid-zero não prejudique os esforços da região para deixar a pandemia para trás.

Dow Jones Newswires

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As medidas da UE, que provavelmente serão finalizadas hoje, levarão os países-membros a seguirem a decisão das autoridades dos EUA de reforçar os controles sobre as chegadas da China antes de que Pequim suspenda as limitações para viagens, o que deve ocorrer nos próximos dias. Vários países da UE, como França, Espanha e Itália, já anunciaram a imposição de controles próprios para viajantes vindos da China.

No mês passado, o governo chinês anunciou a remoção de quase todas as restrições de quarentenas e testes de covid ainda em vigor para viajantes que chegavam ao país, o que provocou uma explosão na demanda por passagens aéreas tanto para ir à China como para sair dela. O anúncio se deu pouco depois de o governo decidir reverter muitas das políticas de covid-zero dos últimos três anos.

Ontem, um grupo de especialistas em saúde dos países da União Europeia se reuniu com as autoridades de Bruxelas pela segunda semana consecutiva para discutir a situação. Um grupo de gestão de crises da UE se reunirá hoje para definir medidas coordenadas – embora depois caiba a cada país decidir quais delas adotará.

Na semana passada, os EUA decidiram exigir teste negativo para covid-19 de todos os viajantes que chegassem da China continental, Hong Kong e Macau.

A China tem criticado as restrições de viagem para seus cidadãos, qualificando-as de inaceitáveis e politicamente motivadas e avisou que pode adotar contramedidas.

A Casa Branca reagiu e disse que Pequim não tem motivos para retaliar contra os EUA e outras nações que impuseram restrições a viajantes chineses, dizendo que as medidas se justificam pelas razões de saúde pública. “Não há razão para a China retaliar só porque países ao redor do mundo estão adotando medidas prudentes de saúde para proteger cidadãos. É isso que você está vendo de nós e de outros”, disse ontem a repórteres a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

“Esta é uma decisão que se baseia na saúde pública e na ciência”, disse ela. “Isso vem de nossos especialistas aqui e em outros países.”

Nos últimos três anos, a China impôs exigências rigorosas de testes e quarentenas a estrangeiros que viajavam para o país, como parte de sua política de covid-zero.

Com a revogação dessas medidas a divulgação de novos dados sobre a disparada de casos da doença no país praticamente secou. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que pediu aos cientistas chineses que ofereçam mais detalhes sobre a situação da covid no país em uma reunião ontem a portas fechadas.

Autoridades da UE disseram ontem que não havia motivo para grande preocupação, pois o continente mantém em vigor suas medidas de alerta precoce e de resposta, ainda não identificou nenhuma evidência de chegada de novos tipos do vírus e conta com altos níveis de imunidade e vacinação.

 

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