Pensei que fosse demorar mais, porém fui surpreendido. O setor mais receptivo foi o de hotelaria”, afirma Vadis
O trabalho deste executivo tem sido incansável. E sua determinação, foco e capacidade de explicar o que pensa tem surtido resultados surpreendentes. Vadis da Silva é fundador da Gestour Brasil, movimento de integração de empresas na plataforma tecnológica que coloca produtos e serviços turísticos num único espaço. Esta plataforma permite a empresas do turismo, num único lugar, gerir, promover, distribuir e comercializar seus produtos e serviços de forma autônoma, a partir do site WWW.GESTOUR.COM.BR/QUEROMEINTEGRAR, em tempo real e a custo zero. O DIÁRIO conversou com Vadis:
DIÁRIO: Seu projeto de base tecnológica propõe planificação do turismo corporativo, certo?
VADIS: Não só corporativo, mas de lazer também. O Gestour é uma espécie de Airbnb, mas do mercado formal do turismo. Nós fizemos uma plataforma que todas as empresas independentes podem entrar e ativar os seus serviços online. Com isso, a compra do cliente não passa por alguém, pelo contrário, ela é feita diretamente com o dono do produto, diferente dos serviços de hospedagem etc.
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DIÁRIO: Esse trabalho demandou muito esforço, reunir tantos segmentos em uma só plataforma….
VADIS: Não só deu como ainda nos dá muito trabalho. Nós somos uma inovação nesse mercado, portanto, necessitamos de incentivos, investimentos, tempo e muito esforço de conscientização para que entrássemos no mercado. Não é a mesma coisa que abrir uma padaria.
De 2004 para cá, a espinha dorsal desse trabalho é a mesma, só tive de esperar o mercado chegar.
DIÁRIO: Como e quando você percebeu que o mercado tinha demanda?
VADIS: Tentamos esse projeto em 2004 e ele estava exatamente como está hoje, com a diferença de que os tempos eram outros. Na época, o número de internautas era muito pequeno, então precisei frear o conceito, para que no futuro, com um número muito maior de pessoas na internet, a Gestour pudesse entrar bem no mercado. A espinha dorsal desse trabalho é a mesma, só tive de esperar o mercado chegar.
Tudo está “na nuvem”. Portanto, eu gasto por volta de 2% do que eu tinha de pagar para armazenar servidores em salas refrigeradas. Com um click, eu quadriplico os meus serviços quase instantaneamente.
DIÁRIO: Como tem sido a adesão de, por exemplo, agências de viagens a esse modelo?
VADIS: Pensei que fosse demorar mais, porém fui surpreendido. O setor mais receptivo foi o de hotelaria. Por uma pressão do próprio mercado, essas empresas – que são mais conservadoras – estão começando a dar mais ouvidos a esse tipo de plataforma digital. A aceitação começou a ser melhor desde então.