Os principais aeroportos de São Paulo seguem enfrentando reflexos do vendaval que atingiu a região metropolitana entre quarta feira (10) e hoje.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações do portal g1
A ventania, classificada como inédita pelos meteorologistas por combinar rajadas intensas sem chuva associada, desestruturou a operação aérea no estado e provocou ajustes emergenciais na malha. O impacto foi imediato: terminais passaram a registrar cancelamentos em sequência e dificuldades operacionais, elevando o total de voos suspensos para mais de 300 em apenas dois dias. A instabilidade também se espalhou para outras capitais, refletindo a necessidade de reorganização do tráfego aéreo nacional.
Congonhas e Guarulhos registram cancelamentos em série
Entre quarta (10) e a manhã desta quinta-feira (11), Congonhas e Guarulhos acumularam 344 cancelamentos. Só nas primeiras horas do dia, 100 voos deixaram de operar.
Em Congonhas, foram 31 chegadas e 15 partidas canceladas nesta quinta. Na véspera, o volume foi ainda maior, com 88 pousos e 93 decolagens suspensas. O balanço parcial indica 227 cancelamentos no total apenas no terminal da zona sul.
Guarulhos também registrou ajustes significativos na malha. Desde quarta, foram 61 chegadas e 56 partidas canceladas. Apesar do impacto, a GRU Airport informou que as operações seguem normalizadas e que as equipes atuam para reorganizar os horários.
Vento extremo sem chuva surpreende especialistas
A ventania que atingiu São Paulo chamou atenção pela intensidade e pelo comportamento atípico. Segundo meteorologistas, foi a primeira vez que rajadas tão fortes ocorreram sem chuva ou tempestades associadas.
Na tarde de quarta-feira, Congonhas registrou ventos de 96,3 km/h, marca considerada excepcional para a área urbana.
Região enfrenta blecautes, lentidão e serviços suspensos
Os efeitos do vendaval se estenderam por toda a Grande São Paulo. Mais de 2 milhões de imóveis chegaram a ficar sem energia na quarta-feira. Na manhã desta quinta, ainda havia 1,5 milhão de residências e comércios sem luz, de acordo com a Enel.
A queda de energia afetou semáforos, abastecimento de água e mobilidade urbana.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 235 semáforos apagados por falta de energia, além de outros com falhas. Às 7h, a cidade enfrentava 203 km de lentidão.
Todos os parques municipais amanheceram fechados. A reabertura ao público está sendo avaliada caso a caso ao longo do dia, conforme as condições de segurança e infraestrutura.




