Viagens corporativas crescem 38,7% em julho em relação a 2021

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Além das viagens corporativas terem tido aumento em julho, o segmento movimentou R$ 5,7 bilhões

O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), apresentou movimentação de R$ 5,7 bilhões no setor em julho de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. O LCV foi criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV).

Vale destacar que esse número do levantamento remete ao crescimento de 38,7%. Dessa forma, o faturamento está próximo ao apontado em julho de 2019, mantendo-se apenas 2,6% abaixo do registrado naquele ano.

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Tabela - Levantamento das viagens corporativas (LVC) em julho aponta aumento em julho deste ano comparado ao mesmo período em 2021.
Tabela – Levantamento das viagens corporativas (LVC) em julho. A tabela aponta aumento em julho deste ano comparado ao mesmo período em 2021. (Foto: Divulgação).
Explicando o índice de julho

A variação de julho (+38,7%) é menor que a de junho, quando o faturamento foi 102,4% superior ao registrado em 2019, porém não significa que o setor esteja desacelerando. Pelo contrário, isso acontece por um efeito estatístico.

Com o passar dos meses, o comparativo passa a ser realizado com períodos mais “normais”. Ou seja, menos “debilitados” pela pandemia, e isso faz com que as variações tendem a ficar mais modestas.

O estudo também indica que julho tradicionalmente é um mês menos ativo para as viagens corporativas por conta do recesso escolar, da mesma forma como acontece em dezembro e janeiro. Nestes períodos, muitos clientes saem de férias e ficam indisponíveis para visitas de negócios.

Além disso, os preços de passagens aéreas e hospedagem se elevam, fazendo com que se torne menos atrativa a realização de eventos nesses meses.

Os motivos para o crescimento do setor

Por sua vez, a análise, excluindo o efeito estatístico, ressalta que existe um aumento das viagens corporativas, especialmente em junho e julho, impulsionado por dois motivos principais: demanda e preço.

O primeiro deles está relacionado à recuperação da demanda, uma vez que as empresas estão investindo em eventos e viagens de seus colaboradores pelo país.

E o segundo motivo do crescimento do LVC é por conta do aumento dos preços com as passagens aéreas, além de tarifas de hotéis, serviços de traslados, espaços de eventos e estrutura.

Isso é um indicativo de que as empresas não estão ampliando os investimentos para realizar mais eventos e viagens, porém estão gastando mais para promover boa parte do que era feito no passado recente.

Fatores que aumentaram os preços

Vale lembrar que os custos mais elevados não são exclusivos do turismo. Essa situação é consequência do processo inflacionário carregado nos últimos dois anos. Pois, a pandemia gerou a quebra na cadeia global de suprimentos e impactou nos preços das commodities, de energia, passando por minerais e agrícolas.

Essas todas impactam diretamente no turismo, como os transportes, meios de hospedagem, estrutura de eventos, etc. Outro exemplo é a guerra da Ucrânia, a qual foi mais um combustível para a pressão sobre os preços. Dessa maneira, toda a cadeia econômica está reajustando valores e, naturalmente, há um processo de repasse às empresas.

Conexão e benefícios dos encontros presenciais

Outro aspecto destacado no estudo é que há também a tendência de retomada de encontros presenciais.

A conexão entre as pessoas tem sido fundamental para as corporações unirem os seus funcionários e entenderem mais detalhadamente a necessidade de consumidores, clientes e empresas. Além de estreitarem laços e realizarem network.

No entanto, as viagens curtas – o tradicional bate e volta – dificilmente retomará aos mesmos níveis, porque a escolha criteriosa e eficiente das viagens virou regra entre as organizações.

“Com base nessa análise, mesmo com preços mais elevados, o setor de viagens corporativas se mantém em crescimento em relação ao ano passado e as empresas continuam investindo em eventos e encontros presenciais”, apontou Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da ALAGEV.

E ela complementou, dizendo: “Como ALAGEV, acreditamos que unindo fornecedores e clientes podemos coconstruir ações que colaborem com o desenvolvimento do nosso mercado, gerando ainda mais resultados de sucesso”.

Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, o turismo de negócios continua como um segmento muito relevante para as capitais brasileiras e cidades com grande apelo comercial.

“Embora haja um movimento internacional de redução das viagens, como anunciado recentemente por grandes empresas de tecnologia, as dimensões continentais do Brasil farão com que, por aqui, ainda sejam bastante presentes no orçamento das empresas”, finalizou a presidente.

Para acompanhar o conteúdo completo do estudo, acesse o link.


EDIÇÃO DO DIÁRIO DO TURISMO com agências.

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