William Périco, fundador da Wings Turismo, acumula mais de cinco décadas de experiência no mercado de turismo. Reconhecido por sua integridade e longevidade no setor, William compartilha sua visão sobre a relevância do agente de viagens na era digital, as transformações do perfil do viajante e os diferenciais que fortalecem a estrutura da Wings Turismo, agência de Rio Claro, SP, que completou 42 anos em 1º de julho de 2025. Confira:
REDAÇÃO DO DIÁRIO
DIÁRIO — William, em uma era de reservas online e inteligência artificial, por que o papel do agente de viagens continua essencial? O que a Wings oferece que vai além do que a internet proporciona?
William Périco — Muito interessante a pergunta. De fato, hoje as informações estão disponíveis para todos, mas continuamos crescendo porque nosso trabalho garante segurança — os clientes viajam sem se preocupar com detalhes que geralmente não estão disponíveis na mídia. O contato pessoal também é fundamental: eliminamos 100% das dúvidas e atendemos necessidades específicas.
DIÁRIO — Ao longo do tempo, como você percebeu a transformação do perfil do viajante? O que mudou nas expectativas e no comportamento dos clientes?
William Périco — A evolução foi grande. No início da minha carreira, as pessoas precisavam confiar nos agentes porque éramos os únicos com acesso às informações sobre voos, tarifas, reservas de hotel e carro. Com a democratização desses dados, surgiram os sistemas de autoatendimento, muitas vezes voltados para viajantes frequentes. Contudo, vemos hoje o retorno de clientes que enfrentaram perrengues e agora buscam serviços personalizados e maior comodidade.
DIÁRIO — A Wings sempre teve forte relacionamento com fornecedores e destinos. Como esses laços se tornam um diferencial nos serviços prestados?
William Périco — Exatamente isso: nosso relacionamento com parceiros e a vasta experiência em viagens fazem toda a diferença na criação de roteiros personalizados. Esses vínculos nos permitem indicar, com segurança, o tipo de produto que melhor atende às necessidades de cada cliente.
DIÁRIO — Em sua opinião, o que é mais difícil: conquistar o primeiro cliente ou manter um viajante fiel ao longo de 20 ou 30 anos? Como a Wings trabalha para preservar essa longevidade?
William Périco — Manter a fidelidade é mais desafiador. Nos últimos anos, notamos que as pessoas estão mais exigentes, e surpreendê-las virou um desafio diário para nós, agentes de viagem.
DIÁRIO — Olhando para o futuro, que tipo de inovação você enxerga como indispensável para que o agente de viagens se mantenha relevante nos próximos anos?
William Périco — Os agentes terão um grande desafio: o mercado está cada vez mais exigente. Se não estivermos preparados para atender essas demandas, os clientes buscarão informações por conta própria. Acho fundamental que os agentes se especializem em um nicho, construindo autoridade e confiança para fidelizar a clientela do futuro.
Nota: William também tem experiência institucional, pois foi presidente da Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp) e da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV).
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