27% dos viajantes brasileiros valorizam preço baixo, revela estudo inédito divulgado pela Expedia durante a 9º HSMAI Strategy Conference
Realizado pela Hospitality Sales & Marketing Association International (HSMAI), na última quinta-feira (10), a 9º HSMAI Strategy Conference, que reuniu 130 profissionais e executivos do setor de hospitalidade e turismo para uma agenda dinâmica e interativa, aconteceu no hotel Hilton São Paulo Morumbi, na cidade Paulista.
No evento, foram apresentadas palestras e painéis sobre vários temas, entre eles, o “Contexto Econômico e as Perspectivas para 2023”, com uma visão do cenário econômico mundial – e nacional -, além da divulgação de um estudo inédito realizado pela Expedia sobre o que o viajante brasileiro mais valoriza ao reservar uma viagem.
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À frente da apresentação “The Experience Gap: revelando o que os viajantes realmente querem”, Carrie Wilder, Senior Director Marketing Segment South America da Expedia, revelou em primeira mão aos participantes da conference o novo comportamento de consumo dos consumidores online.
Para a composição do estudo, foram considerados 11 mercados e 11 mil viajantes entrevistados. Pela primeira vez, a análise contou com a participação de viajantes e profissionais da Indústria do Turismo, desde hotéis, revenues de companhias aéreas e programas de fidelidade, que mantiveram o setor funcionando no período pandêmico.
“Precisamos saber o máximo possível sobre os viajantes, como seu mercado e as mudanças da indústria que impactam seus negócios”, aponta Carrie.
Viajantes brasileiros a lazer
No “Traveler Value Index 2023”, que é a medida do que os consumidores procuram quando reservam uma viagem, foram analisados sete fatores. São eles:
27% – Preço baixo
20% – Métodos de limpeza/desinfecção aprimorados e frequentes;
13% – Benefícios e upgrades;
12% – Políticas amigas da natureza;
10% – Possibilidade reembolso total em reservas canceladas;
9% – Flexibilidade para alterações sem cobranças;
8% – Experiência sem contato durante toda a viagem.
Em comparação com 2021, a limpeza caiu no ranking, enquanto a importância de reembolso segue em segundo lugar com 20% do total. A possibilidade de alterar as reservas sem multas ou dar a flexibilidade para os viajantes ficou mais evidente em outro momento da pesquisa em que 47% dos consumidores afirmaram que nunca iriam reservar uma hospedagem não reembolsável.
Embora a maioria das pessoas do setor, 82%, considere que os consumidores estavam entendendo as limitações da equipe e do serviço, provavelmente a fidelidade do cliente acabou afetada.
Por outro lado, 46% dos viajantes concordam que viajar é mais importante agora do que antes da pandemia. E 43% estão aumentando seu orçamento de viagens mundialmente, contra os 31% de 2022. Para os brasileiros, esse número é ainda maior, com 60% dos entrevistados afirmando a importância das viagens.
Os brasileiros também estão mais propensos a viajar a lazer, com 89% se planejando nos próximos 12 meses, comparado com os 7% globalmente.
Viagens Corporativas
As viagens a negócios cresceram aceleradamente nos últimos seis meses. No início de 2022, a maioria dos entrevistados afirmou que não estava planejando qualquer viagem corporativa. Atualmente, a realidade indica que uma em cada três pessoas – e dessas, muitas (85%) – está ansiosa para a próxima viagem a negócios.
Carrie destacou as cinco dicas que o estudo trouxe para os hoteleiros e profissionais do segmento de viagens. São elas:
1- Mantenha tarifas reembolsáveis e políticas flexíveis;
2- Defina expectativas realistas com os viajantes e tenha expectativas realistas para sua equipe;
3- Seja cuidadoso com descontos e benefícios;
4- Aproveite e mostre os valores da sua marca;
5- Avalie os feedbacks dos consumidores para entender como eles percebem a experiência.
Em geral, à medida que o setor se estabiliza e acelera, as empresas que oferecem aos viajantes a melhor e mais confiável experiência atrairão clientes fiéis.
EDIÇÃO DO DIÁRIO (GF) com agências