Plagiadores de conteúdo e de ideias também se destacam no meio turístico

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retrospectiva_200Publicado originalmente dia 5 de dezembro

CONSELHO EDITORIAL DO DIÁRIO

As investigações da Operação Zelotes, que apura fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – colocou esta semana sob suspeita o contrato de consultoria firmado entre uma das empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a Marcondes e Mautoni, escritório advocatício que, supostamente, participaria do esquema criminoso.

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De acordo com reportagem exibida na TV Globo em vários telejornais, a empresa do filho de Lula, a LFT Marketing Esportivo, utilizou teses de mestrado e textos da enciclopédia virtual Wikipédia para criar um trabalho de “pesquisa” vendido por R$ 2,5 milhões.

Diminuindo as proporções do delito, mesmo considerando que cópia é cópia, não interessa o tamanho nem o quanto de dinheiro está envolvido, hoje o que se vê é a proliferação do copia-cola e da apropriação indébita de conteúdo na internet sem o mínimo respeito ao direito legal que respalda aquele que produziu ou àquele que tem o direito autoral sobre sua obra ou ideia.

A falta de criatividade, bom senso e parâmetros estéticos é tão grande que alguns “ditos editores de conteúdo” resolveram não só copiar conteúdo editorial, mas também produzir projetos digitais de comunicação com qualidade abaixo de qualquer expectativa estética e tecnológica. Tem sido comum a esses egressos iniciantes do universo digital – que estão deslumbrados com as enormes possibilidades do meio – acreditarem que têm competência para produzir um trabalho com peso editorial – e leia-se aqui fotos bem distribuídas e de boa qualidade, textos inteligentes e obedecendo regras da Língua, legendas adequadas e layout bem resolvido, entre outros  – e esses pseudoeditores acreditam que este trabalho vai ser respeitado e terá peso comercial.

Empresas, instituições, poder público que “compram” publicidade desses meios,  precisam avaliar melhor onde estão colocando a sua marca e o seu dinheiro

A derrocada editorial que a indústria gráfica experimenta nos dias atuais é por parte explicada  por considerarmos os grandes avanços que a Tecnologia da Informação nos ofereceu nos últimos anos. No entanto, tanto nós editores de conteúdo, com produtos consolidados, com investimentos em bases tecnológicas e gente talentosa por trás, temos que nos posicionar contra esse “nivelamento por baixo” das produções digitais: estamos falando de sites, blogs, revistas digitais e até redes sociais onde prolifera uma grande quantidade de lixo, com raras exceções.

Nós produtores de conteúdo da cadeia do turismo devemos ficar atentos e denunciar o baixo nível desses pseudoeditores, mas as próprias empresas, instituições, poder público que “compram” publicidade desses meios,  precisam avaliar melhor onde estão colocando a sua marca e o seu dinheiro.

Que os plagiadores de ideias e copiadores de Wikipédia voltem para os bancos de escola, antes de irem para a cadeia. É lá, na escola primária, que o copia-cola é estimulado como atividade mecânica, auxilia na formação da inteligência naquele período de formação do caráter e das habilidades motoras, mas para fazer algo novo, pintar, cantar ou escrever, terá que usar a cabecinha.

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