VALOR ECONÔMICOInfraero,
Sem nunca ter saído do papel, o programa de aviação regional lançado em 2012 pela presidente afastada Dilma Rousseff tomará um banho de realidade. O governo interino de Michel Temer prepara uma reorganização geral do programa em bases mais modestas.
A promessa de modernizar e expandir 270 aeroportos, com R$ 7,3 bilhões em investimentos, será adequada aos tempos de escassez orçamentária. Essa nova versão deverá abranger 41 aeroportos, dos quais 13 na Amazônia Legal, ao custo aproximado de R$ 2 bilhões. Os últimos ajustes podem aumentar um pouco a lista final.
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Será dada prioridade às cidades médias, como Ribeirão Preto (SP) e Sinop (MT), além de localidades onde a aviação tem caráter social, notadamente na região amazônica.
A nova equipe do governo encontrou algumas megalomanias no antigo programa de aviação regional: pequenos municípios do interior tinham a previsão de reforma de pistas até para receber aeronaves do porte de um Airbus A320 ou de um Boeing 737-800.
Essa semana o setor teve mais uma baixa. A empresa regional Flyways operadora de turboélice de 70 lugares encerrou as atividades. Já é a segunda regional esse ano.
Acredito que possa ter existido projetos megalomaníacos, mas os projetos aeroportuários para as regionais devem estar aptos a realidade do século 21. É de pouca valia para o setor o governo insistir e continuar a construir pistas menores que 1.700m de comprimento por 30 m de largura, resistência do piso asfáltico inferior a 30 toneladas e aeroporto sem voo por instrumento baseado em informações GPS. A fórmula de sucesso aqui e no mundo para a infraestrutura básica de um aeroporto regional é simples:
Aeroporto Regional = 1.700 x 30m + 30t + GPS
Saudações,