Com ampla participação dos associados da Abav-SP – Aviesp, começou o 2º Abav MeetingSP, no hotel Intercity Paulista
Nesta quinta-feira, 07, começou o 2º Abav MeetingSP, no hotel Intercity Paulista, em São Paulo. O evento reúne os presidentes das agências associadas à Abav-SP-Aviesp e oferece palestras e capacitações de diversos temas relacionados ao turismo.
Entre eles, estão: liderança e atitude transformadora; painel de companhias aéreas; impactos da Reforma Tributária no turismo; a indústria de cruzeiros, e muito mais.
2º Abav MeetingSP traz painel das companhias aéreas
Um dos momentos mais aguardados deste 1º dia de evento foi o painel das companhias aéreas. Esse painel contou com a participação de Anderson Serafim, gerente comercial sênior da Azul Linhas Aéreas. Assim como Anderson Wolff, gerente comercial corporativo da GOL Linhas Aéreas e Camila Belinelli, gerente sênior de vendas da Latam Airlines. Além disso, a mediação ficou por conta de Luti Guimarães (Presidente do conselho da Air Tkt – Assoc. Bras. dos Cons. de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens).
Na ocasião, os palestrantes falaram sobre tendências das tarifas, tecnologia e programa de milhas.
Adaptação das aéreas e a questão do NDC
Logo no início do painel, Luti Guimarães, da Air Tkt, questionou aos painelistas sobre os impactos da reforma tributária e o NDC (“Nova Capacidade de Distribuição”, em português). Como explica o site Onfly, “é uma tecnologia de distribuição de conteúdo desenvolvida pela International Air Transport Association (IATA) que está transformando a indústria de viagens”.
Como o site explica, o sistema NDC foi desenvolvido para permitir que as companhias aéreas ofereçam serviços e produtos personalizados aos clientes finais através dos canais indiretos de vendas. Como, por exemplo, agências de viagens online, da mesma forma que fazem em suas vendas diretas. Nesse sistema é possível “conhecer o passageiro e seus hábitos de viagem” e as companhias podem oferecer tarifas específicas para os passageiros, às vezes menores.
Sobre esse sistema de distribuição, Camila Belinelli comentou que a LATAM trabalha com esse ambiente mais “friendly”, ou seja, mais amigável para o viajante. “Temos um site navegável, em que o viajante consegue encontrar o que ele precisa”, pontuou a gerente sênior de vendas da Latam Airlines.
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Por sua vez, Anderson Serafim lembrou que a Azul nasceu com o sistema de distribuição. “Porém, não acreditamos que o GDS (Sistema de Distribuição Global, em português) vá desaparecer. Mas estamos atentos a tudo isso”.
O mercado de milhas
Com a situação de empresas como a 123milhas e todo o impacto para os consumidores e para o setor turístico, Luti questionou aos painelistas quais as mudanças a respeito das milhas.
“Na Azul, nós já estamos trabalhando com isso. Porque esse “mercado de milhas”, ou seja, essa compra e venda, não é interessante para nós. Também não é interessante para os agentes de viagens e nem para o consumidor final. Então, para tentar resolver isso, nós trabalhamos com o nosso programa de fidelidade. Com ele, há a troca de pontos dos viajantes por produtos, por descontos”, explicou Anderson Serafim.
“É interessante pensar em tudo isso agora, porque o programa de fidelidade e as milhas surgiram como uma forma de fidelizar o cliente. Então, gratificá-lo com as milhas. Mas, alguém percebeu uma “abertura”, um “gargalo” e começou tudo isso, esse mercado das milhas”, pontuou Anderson Wolff, da GOL.
“Só para complementar, nós da LATAM víamos essa questão da compra e venda de Milhas como um ‘câncer’, que tornou uma proporção gigantesca. Agora, com toda essa situação, infelizmente, muitos viajantes perceberam que não existe ‘milagre’ no preço. É preciso ter atenção e saber que aquele valor que é mostrado na prateleira pode ser questionável, pode mudar”, comentou Camila.
Voos nos aeroportos do RJ são destaque no 2º Abav MeetingSP
Quanto à redistribuição dos voos do Santos Dummont, que se tornou um hub durante a pandemia, para o Aeroporto do Galeão, os palestrantes comentaram:
“Para nós, LATAM, é uma coisa boa. Porque o Santos Dummont se tornou um hub na época da pandemia. Agora, com a redistribuição dos voos para o Galeão, nós não vemos um ‘problema’. Não vamos cobrar uma taxa extra por isso”, explicou Camila.
“Para nós também não é um problema. Pelo contrário, levamos 10 anos para conseguir entrar em Congonhas (risos)”, comentou Anderson Serafim. “É claro, temos o hub em Viracopos, mas não é um problema”.
2º Abav MeetingSP: Como as questões geopolíticas afetam a aviação?
Por fim, Luti perguntou aos participantes do painel como as questões geopolíticas (alta do dólar, guerra na Ucrânia, guerra no Oriente Médio, alta do combustível, entre outros), afetam o setor da aviação, seja na entrega de aeronaves, seja na entrega de peças.
“Bom, Graças a Deus, nós não estamos enfrentando nenhum atraso na entrega de aeronaves ou de peças aeronáuticas. Mas, com toda essa situação geopolítica, esses atrasos começam a acontecer em companhias mundo afora”, analisou Camila.
Para saber mais sobre o evento e a programação completa, acesse aqui.
Por Caroline Figueiredo – repórter do DT (com EDIÇÃO).