Autoridades debatem legalização de jogos no Festuris 2016

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Por Marcelo Villas Bôas, repórter do DIÁRIO

No último dia do Festival de Turismo de Gramado, sábado (5), a série de debates iniciou-se tratando a legalização dos jogos no Brasil e seus impactos para o setor do turismo. Os convidados foram Magno José, presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal; Paulo Artur Queiroz, presidente do Sindetur Rio Grande do Sul; Alexandre Sampaio, do FBHA; e Luigi Rotunno, presidente da Associação Brasileira de Resorts.

Magno abriu a sessão com uma série de números defendendo a legalização – posição assumida por todos os participantes – além de um histórico legal sobre o tema. “O longo período de proibição criou um tabu, com aspectos religiosos e morais. mas temos conseguido algum sucesso e estamos mais próximos de atingir esse objetivo que vai beneficiar o trade [turístico]”, argumentou.

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Em seguida, o presidente do Sindetur aproveitou o espaço para tirar dúvidas sobre o assunto. “Só temos uma posição, que é sermos favoráveis. Só vejo benefícios”, concluiu, em nome do sindicato.

Alexandre Sampaio se posicionou também sobre os impactos da medida para o Turismo. “Talvez a possível legalização não leve mais turistas a um destino, mas aumente a sua permanência e a diária média”, opinou.

Finalizando o debate, Rotunno, da ABR, argumentou explicando a importância da possível permissão para operar jogos atualmente proibidos. Segundo ele, as tentativas anteriores de debate no congresso não foram efetivas pois tratavam separadamente de cada jogo, diferente do que acontece atualmente. A luta pela permissão agora envolve jogos em geral. “Se um cassino fosse localizado em um resort e beneficiasse os outros em volta, seria bom. Espalhar a receita do cassino é importante. Não podemos concentrar todos os benefícios em um mega empreendimento exclusivamente”, finalizou.

Mundialmente, a indústria dos jogos movimenta cerca de US$ 488 bilhões por ano. No Brasil, no mesmo período, os jogos legais (loteria federal, estadual e jockey) movimentam mais de R$ 14 bilhões, enquanto os ilegais (jogo do bicho, bingo e jogos online) quase alcançam os R$ 20 bilhões.

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