(Valor) A demanda por voos domésticos alcançará no fim do ano 65% do que era registrado no período pré-pandemia, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Ele afirmou que o segmento internacional será “um pouco mais lento” na recuperação.
Em live promovida pelo banco Itaú nesta quinta-feira, ele indicou que o setor aéreo é o que mais preocupa entre os segmentos de transporte. O ministro lembrou que a retomada da rotina de voos depende basicamente da predisposição do passageiros de voltar a voar em momento de pandemia.
Mesmo com a recuperação lenta do setor de aviação civil, Freitas está otimista com a sexta rodada de concessão de aeroportos, prevista para o próximo ano. A projeções de demanda, tendo em vista o impacto da pandemia, tiveram que ser revisadas e encontram-se em análise final no Tribunal de Contas da União (TCU).
“Temos quase 40 ativos sendo apreciados no Tribunal de Contas da União para serem levados a leilão em 2021”, disse Freitas, ao se referir a concessões que representam R$ 70 bilhões em investimentos.
No setor portuário, ele afirmou que estão sendo preparados novos arrendamentos e a privatização das companhias responsáveis pela administração de grandes portos, a começar pelo Espírito Santo e, em seguida, pelo porto de Santos, em 2022. “A desestatização portuária será uma realidade”, disse.
Hoje, o Ministério da Infraestrutura enviou os estudos da concessão da rodovia Nova Dutra ao TCU. Para o ministro, a concessão dos trechos que ligam cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro será “um grande leilão, que vai mexer com o mercado”.