Justiça de Minas Gerais acatou pedido do Banco do Brasil para que a 123 Milhas entregue todos os documentos exigidos para entrar com a solicitação
Publicado em 21 de setembro (RETRO 2023)
O pedido de recuperação judicial da 123 Milhas foi suspenso, conforme deferiu a 21ª Câmara Cível Especializada de Belo Horizonte nesta quarta-feira (20). A suspensão ocorreu após a Justiça acatar uma exigência do Banco do Brasil por documentos imprescindíveis para dar prosseguimento à ação. A empresa não teria entregue toda a papelada requisitada.
“Em relação aos documentos efetivamente apresentados, alega que não foram observadas as prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados na RJ o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa, indispensáveis ao adequado exercício dos direitos que lhes competem para defesa dos seus direitos e interesses no feito”, notificou o desembargador na decisão.
De acordo com o jornal Estado de Minas, a suspensão em si não afetará – ainda mais – clientes e credores lesados pela 123 Milhas. Isso porque, embora tenha anulado a medida, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho manteve o período de blindagem de 180 dias em que ficam suspensas todas as ações judiciais em tramitação contra a agência de turismo.
Crise na 123milhas
A agência de viagens 123milhas surpreendeu milhares de clientes no dia 18 de agosto, após anunciar o cancelamento de pacotes de viagens promocionais, que atraíam muitas pessoas pelo preço baixo. A decisão revoltou clientes e fez a empresa pular rapidamente para o 1º lugar no ranking de empresas mais “denunciadas” do portal ReclameAQUI.
No dia 29 de agosto, a 123milhas fez um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. No pedido, a empresa afirma que enfrenta a “pior crise financeira de sua história” e alega que “fatores internos e externos impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. O pedido foi aceito pela Justiça no dia 31 de agosto.
EDIÇíO DO DT com informações do Estado de Minas.