domingo, abril 27, 2025
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Crise na Voepass: suspensão da Anac ameaça slots em Congonhas e futuro da companhia

A suspensão da Voepass, determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), colocou em xeque o futuro da empresa. Além do impacto direto em suas operações, a decisão ameaça a manutenção dos slots da companhia no Aeroporto de Congonhas, um dos terminais mais concorridos do Brasil.

Anac suspende operações da Voepass

A partir desta terça-feira (11), a Voepass – composta pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas – está impedida de operar voos comerciais até que comprove a adequação de seus sistemas de gestão às normas da Anac. A medida cautelar impacta diretamente a posição da empresa no setor e compromete sua capacidade de recuperação.

Impacto nos slots de Congonhas

Os cerca de 20 slots da Voepass em Congonhas são ativos estratégicos e essenciais para sua operação. A Anac impõe rígidos critérios de pontualidade e eficiência para a manutenção desses horários de pouso e decolagem. Com a suspensão das atividades, a empresa corre o risco de perder esses slots na próxima temporada de verão, que se inicia em março.

Crise agravada por acidente aéreo

A crise da Voepass se intensificou após o trágico acidente em Vinhedo (SP), em agosto do ano passado, quando uma de suas aeronaves caiu durante um voo entre Cascavel (PR) e São Paulo, resultando na morte de 62 pessoas. O episódio gerou questionamentos sobre a segurança da empresa e contribuiu para o escrutínio regulatório que levou à atual suspensão.

O valor dos slots e o futuro da Voepass

Os slots de Congonhas são extremamente disputados. Empresas como Latam (240 slots), Gol (238) e Azul (84) dominam as operações no aeroporto. Recentes mudanças regulatórias permitem que esses ativos sejam comercializados no mercado secundário, o que poderia representar uma alternativa financeira para a Voepass. No entanto, sem autorização para voar, sua capacidade de negociar tais ativos pode ser comprometida.

A Voepass enfrenta, assim, um cenário delicado: sem operações, sob rigorosa fiscalização da Anac e com o risco iminente de perder seus ativos mais valiosos. O desfecho dessa crise será determinante para o futuro da companhia no setor aéreo brasileiro.

(REDAÇÃO DO DIÁRIO)

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