Uma palavra define a veia empreendedora do Vila Galé no Brasil: confiança.
Ao participar da 12ª. WTM Latin America, durante os dias do evento, que acontece no Expo Center Norte até esta quarta-feira (16), Pedro Ribeiro, Diretor de Vendas e MKT da marca hoteleira revela otimismo. “Até outubro deste ano, saltamos de 11 hotéis em operação no Brasil para 13 unidades, o que amplia a oferta de quartos para 3 mil acomodações”, destaca.
por Cecília Fazzini, especial para o DIÁRIO
O executivo conta que o calendário de 2025 será coroado, primeiro com o Vila Galé Collection Ouro Preto (MG), com inauguração oficial no dia 24 de maio. Depois, será a vez do Vila Galé Collection Amazônia, em Belém (PA), que abrirá as portas no dia 9 de outubro, mas a inauguração oficial será no fim do mês.
Vinhos como atrativo
Fiel às suas origens, o Vila Galé também se prepara para abrir as portas de novos hotéis nas cidades portuguesas de Elvas e Ponte de Lima, este último voltado para o enoturismo, “local onde já produzimos vinho verde”, salienta Ribeiro. “Esse será o terceiro projeto da marca, voltado exclusivamente para o segmento de vinhos em Portugal”. O produto, conforme ele, se traduz em forte motivação para o viajante brasileiro. “Hoje, temos uma rede que permite ao hóspede conhecer três regiões produtoras de vinho em Portugal — Alentejo, Douro e Minho (vinho verde) — hospedando-se, exclusivamente em nossos hotéis, o que é um diferencial”, frisa.
O cenário internacional, com a alta do dólar em resposta à crise tarifária instalada, não tem, de cordo com Ribeiro, impactado diretamente os planos da rede. Mas reconhece que esse quadro de incerteza tem gerado um certo nervosismo, ainda na etapa de tentar entender o que vai acontecer, principalmente em Portugal. “O mercado americano é muito importante para nós. Esse público cresceu bastante nos últimos quatro ou cinco anos e hoje ocupa o quarto lugar entre nossos principais mercados internacionais”.
Mercado brasileiro aquecido
O destino Brasil está mais aquecido em 2025, especialmente por parte do mercado interno, do Mercosul e do mercado português. Ribeiro adianta que sua rede tem registrado crescimento expressivo nas ocupações dos hotéis e isso se reflete na WTM: “mais público e maior interesse em fechar negócios”.
A cadeia de distribuição do Turismo está mudando. Agentes e operadoras continuam sendo muito importantes, mas hoje também temos as online travel agencies — as OTAs, tanto nacionais quanto internacionais — com um crescimento forte. Isso, observa o executivo, muda bastante a forma atuar no mercado. As operadoras seguem sendo os principais clientes para o grupo português. “Por isso, eventos como a WTM continuam sendo estratégicos para manter esses relacionamentos”
Em paralelo, mesmo priorizando a intermediação via trade, as vendas diretas evoluem, e ele justifica “temos crescido muito nesse canal devido à notoriedade da marca, o que faz com que os clientes busquem diretamente nossos hotéis”.