Entre os dias 3 e 5 de junho, Foz do Iguaçu (PR) será o centro de um movimento internacional liderado pelo Brasil para reforçar a prevenção à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências nacionais
O 2º Encontro de Turismo Responsável, promovido pelo Ministério do Turismo (MTur), reunirá especialistas, gestores públicos e representantes internacionais em um esforço conjunto por um turismo ético e seguro.
A iniciativa, realizada em parceria com Itaipu Parquetec, Itaipu Binacional e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), inclui três momentos estratégicos: um seminário internacional, a 18ª Reunião do Grupo de Ação Regional das Américas (GARA) e uma oficina de planejamento colaborativo.
“A proposta é que haja uma sinergia de ações, além de posicionar o Brasil como líder na defesa dos direitos humanos, especialmente da infância e da adolescência”, afirma Ana Carla Lopes, secretária executiva do MTur. “Queremos enviar uma mensagem clara ao mundo de que a exploração sexual de menores não será tolerada.”
GARA: duas décadas de cooperação regional
Fundado em 2005 por iniciativa do Brasil, o GARA (Grupo de Ação Regional das Américas) celebra 20 anos como referência no enfrentamento à exploração sexual infantil no turismo. Hoje, o grupo reúne 15 países latino-americanos e caribenhos, que atuam em rede, compartilhando boas práticas e criando estratégias conjuntas.
O comunicado enviado ao DIÁRIO informa que o encontro em Foz do Iguaçu marca a 18ª reunião do grupo e pretende consolidar compromissos multilaterais. Estarão presentes países como Argentina, Colômbia, México, Uruguai, entre outros.
“Ao sediar um evento internacional sobre o tema, o Brasil não só promove uma reflexão coletiva, mas também inspira outros países a adotar uma postura mais proativa”, afirma Carolina Fávero, coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do MTur.
Código de Conduta Brasil: compromisso e responsabilidade
Lançado pelo MTur, o Código de Conduta Brasil é uma iniciativa que mobiliza empresas do setor turístico no combate à exploração sexual infantil. Para aderir ao programa, é necessário estar inscrito no Cadastur e assinar um termo de compromisso que prevê a implementação de ações de prevenção, capacitação e orientação de equipes.
A proposta visa transformar o setor em um agente ativo na proteção da infância, promovendo práticas sustentáveis e socialmente responsáveis no turismo brasileiro.
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