sexta-feira, julho 18, 2025
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Kelly Oliveira: gestão estratégica, gratidão e méritos conquistados

Com uma trajetória que une resiliência, disciplina e visão estratégica, Kelly Oliveira ocupa hoje o cargo de diretora Administrativa e Financeira da Fundação 25 de Janeiro – Visite São Paulo Convention Bureau. Sua carreira, que começou muito cedo, percorreu empresas e instituições importantes como Accor, Unisa e Vasp, sempre com foco na gestão eficiente e no desenvolvimento humano. Nesta entrevista exclusiva ao DIÁRIO*, Kelly compartilha aprendizados, desafios e perspectivas sobre a administração no setor de turismo e eventos, além de deixar uma poderosa mensagem às futuras e futuros líderes.

Competências essenciais

Quais competências você considera essenciais para quem atua na área administrativa e financeira em entidades do setor de turismo?

Para mim, é essencial ser um profissional com um pensamento estratégico e crítico. O autoconhecimento e uma autoconsciência de reconhecer os próprios talentos, para saber como poder contribuir de fato e entender suas fortalezas.

Comunicação clara e assertiva, passando a segurança necessária e apresentar relatórios de forma consistente. Abrangendo esse entendimento, saber como se comunicar com os stakeholders, conselhos, comercial, equipe de marketing etc.

Propósito, com determinação e poder de negociação. Buscar sempre as melhores condições, independente das condições em que você encontra.

Equilíbrio emocional e autoconfiança. Lidar com número requer segurança e paz de espírito e não se pode deixar levar pela impulsividade.

Resiliência. Tenho até uma tatuagem com essa palavra. Na minha opinião o profissional que se destaca é o que não vai recuar frente a barreiras. Alguém que vai superar todos os desafios. Assim, como a adaptabilidade e flexibilidade são essenciais.

Fazendo jus a minha história, preciso destacar a importância de estudar sempre. É uma área em eterna evolução, com legislação, regras, dados, inteligência…

E, por fim, ética e transparência. É uma área de suma importância para que a entidade cumpra suas metas e objetivos, lidando com recursos que não são seus e que se deve um retorno a diferentes públicos, como conselho, colaboradores e associados.

A trajetória de vida, garra e trabalho de Kelly Oliveira

Metas e projetos prioritários 

Quais são as metas ou projetos prioritários da sua diretoria para os próximos meses?

Dentro da área, além de atividades que já fazem parte do dia a dia, sempre estamos olhando os projetos, novos ou já estabelecidos, com um prisma de como rentabilizar. Independente da forma de se fazer, pode ser atento à legislação, ou de inovações, em sintonia com os objetivos estatutários.

A área tem se envolvido com o estudo e captação de dados, que são transformados em informação e conhecimento. Análise e visualização de dados, que poderão se tornar úteis para tomada de decisão.

E cada vez mais estar integrado com as demais áreas. São áreas polivalentes de projetos conjuntos, passando pelo administrativo, financeiro, eventos, relacionamento, marketing e promoção.

O Administrativo-Financeiro é um guardião do desempenho. Acompanha a alocação dos recursos, de forma efetiva e transparente.

Integração intersetorial

Como funciona a articulação entre a sua diretoria e os demais setores da Visite São Paulo na construção de estratégias conjuntas?

A construção da estratégia é conjunta. Uma lição gigantesca foi a integração entre as áreas e os papéis dentro de suas atuações para a geração de receita e retorno aos associados.

Administrativo-financeiro não trabalha de forma isolada, sempre pensando em como trazer melhoria nos processos. Desenvolver as estratégias com foco em resultado.

No final do dia, é resultado. Se o projeto justifica dar continuidade ou não. É apenas com receita que a Fundação pode reinvestir em captar mais eventos, capacitar profissionais e promover destino, e gerar valor ao associado.

Mensagem às pessoas que aspiram à liderança

Que mensagem você deixaria para jovens, mulheres e homens, que almejam cargos de liderança no turismo e na gestão pública ou privada?

Sou uma pessoa muito grata. Tudo isso foi possível pelas oportunidades. Eu não esqueço nenhum dos meus mentores e redes de contato. Sempre busquei esse olhar, da inspiração, ver que é capaz de realizar, de fazer e de liderar um exército.

Isso, eu carrego para a vida.

Por vezes, me vejo uma pessoa que tem um jeito duro. Mas tento ver a parábola do diamante em lapidação. O que se constrói é que estamos sempre em busca do conhecimento e melhoria. O Toni realça muito isso e valoriza: a capacitação, a preparação e o estudo.

Olhar ao redor e ver quem temos ao nosso lado, é o que pode nos fazer crescer, brilhar. Assim como se moldar, no significado da resiliência. Capacidade de se reinventar. De buscar soluções.

Seguir sempre em frente pode ser o diferencial e acreditar no próprio potencial e na própria voz. Não ter medo de expressar opiniões, questionar e ter novas abordagens.

A perspectiva feminina soma uma riqueza de visões. Minha mãe ensinou isso: pode-se não ter recurso, mas pode-se ter a riqueza de pensar diferente e mudar algo que parece não ter saída.

Uma boa líder é quem sabe extrair o melhor de cada um, da sua forma.

O futuro vai ser moldado, por homens, por mulheres, por mim, por você, pela competência, pela visão, pela diferença e pela vontade de fazer diferente.


*Entrevista elaborada pelos jornalistas Cecília Fazzini, Clara Silva e Paulo Atzingen, do DT

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