“Ninguém se torna verdadeiramente adulto sem antes ter experimentado a Europa — berço da civilização à qual pertencemos.” — Goethe
Durante muito tempo, a migração brasileira para a Europa foi interpretada sob uma ótica simplificada: o mochileiro, o garçom que virou pizzaiolo, a babá que se reinventou. Mas em 2025, esse estereótipo já não representa o novo ciclo em curso.
Silenciosamente, uma nova elite migratória está emergindo — formada não por milionários, mas por brasileiros qualificados, descendentes de italianos, com raízes legítimas e visão de futuro estruturado.
Eles não querem apenas “ficar legal”. Querem trabalhar com dignidade, viver com pertencimento e contribuir com a sociedade europeia que reconhecem como herança cultural e constitucional.
Um novo perfil: menos mochileiro, mais gestor
Os consulados italianos já notam: o novo requerente de cidadania não chega com uma mochila nas costas. Ele traz certidões, históricos acadêmicos, filhos, plano de ação e intenção de permanência real.
Quer saber onde estão as oportunidades, como validar seus diplomas e como construir um plano familiar de longo prazo com ética e preparo.
Estamos falando de:
- Técnicos e engenheiros;
- Profissionais da saúde e da educação;
- Especialistas em logística, TI e serviços técnicos;
- Jovens com vocação para a gastronomia, hotelaria ou manutenção predial;
- Mas, acima de tudo, descendentes legítimos de italianos que agora querem retribuir com utilidade.
Europa em escassez, Brasil com vocação
A Europa de 2025 enfrenta um apagão silencioso de mão de obra técnica.
Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica e França precisam urgentemente de gente preparada, com formação e valores compatíveis com o modo europeu de produzir.
A Itália, em especial, já entende que não basta mais receber descendentes como turistas sentimentais. Precisa acolher esses descendentes como cidadãos úteis, conscientes, produtivos — e com a base jurídica correta.
O Visto de Trabalho para Descendentes: um novo eixo
Com o advento da Lei nº 74/2025 e os debates constitucionais que se seguiram, abriu-se um novo caminho jurídico e realista: o Visto Tipo D para Descendentes de Italianos, atrelado a curso profissionalizante + mentoria + inserção direta em empresas com escassez de mão de obra.
Trata-se de um modelo em que:
- A pessoa entra na Itália legalmente;
- Se qualifica com curso certificado europeu;
- Trabalha com dignidade;
- E inicia, paralelamente, o processo judicial de cidadania — já com residência fixa e experiência produtiva local.
Democratização com profundidade
Na Master Cidadania, da qual sou fundador e CEO, construímos esse modelo com base em duas décadas de vivência nos tribunais italianos e com famílias reais.
O que antes era um processo frio de certidões virou um ecossistema de:
- Mentoria pessoal e vocacional;
- Curso técnico online com certificado europeu;
- Estrutura jurídica própria na Itália e no Brasil;
- Apoio à colocação em empresas reais do território.
Essa é a democratização da cidadania que acreditamos: não como um “passaporte mágico”, mas como uma reentrada digna, cultural e útil à terra dos seus avós.
Uma provocação necessária
Como disse Goethe — e repito:
Nenhum ser humano se torna maduro, no plano pessoal ou profissional, sem ter experimentado a Europa.
Não apenas como turista, mas como cidadão.
Como agente.
Como parte ativa de um projeto civilizatório que agora depende de descendentes bem preparados.
Se você é descendente, esse é o seu momento.
Se deseja trabalhar legalmente, viver com dignidade e construir um projeto de vida europeu com base, orientação e estrutura, a porta está aberta — e começa pela sua história.
*Por Welliton Girotto – Fundador da Master Cidadania, com sede na Itália e no Brasil