Nesta quinta-feira (16), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que o GP de Interlagos só vai continuar na cidade pela ajuda do governo federal na reforma do autódromo. E realmente a administração de Dilma Rousseff, sua companheira de PT, foi generosa com a pista, em que o ingresso mais barato para a próxima corrida de F-1 custa R$ 525.
Dos R$ 200 milhões que até 2015 vão mudar a pista, boxes e paddock, nada menos do que R$ 160 milhões saíram do Ministério do Turismo.
Essa verba fazia parte do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, da área do turismo. Os locais que receberiam o dinheiro foram definidos em 2013. A verba total era de R$ 661 milhões. Ou seja: Interlagos recebeu 24% de todo o investimento. Nenhum outro lugar superou a marca de R$ 100 milhões.
No ano passado, no anúncio dos escolhidos, o Ministério do Turismo deixou claro que investiu em Interlagos para garantir a continuidade da corrida de F-1.
Em seu site, o órgão publicou que a "a obra de Interlagos é uma exigência da Federação Internacional de Automobilismo para que o Brasil continue sediando uma das etapas do Grande Prêmio de Fórmula 1".
Para justificar o investimento no autódromo, o ministério cita o retorno financeiro que a realização da corrida dá a São Paulo. Segundo dados do órgão, a corrida acrescentou R$ 230 milhões à econômia do país em 2012.
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