Considerado o primeiro monumento da cidade, o Obelisco do Largo da Memória, na região do Vale do Anhangabaú, completará no próximo sábado (18) 200 anos de história. Para comemorar a data, o espaço contará com uma programação com 56 apresentações de dança, teatro, música, circo, estátuas vivas e intervenção urbana, criadas por 200 artistas, que seguirá até 2 de novembro.
O bicentenário também marcará o início de um projeto de limpeza e proteção química do monumento, também conhecido como “Pirâmide de Piques”, em parceria com quatro empresas, por meio de um termo de doação de serviços.
Além disso, um projeto de restauração do conjunto arquitetônico e reativação da fonte do monumento, elaborado pelo escritório Gesto Arquitetura, será incluído como prioridade no Programa Adote uma Obra Artística do Departamento do Patrimônio Histórico, responsável pelo Acervo composto por 434 obras de arte e monumentos. No projeto de limpeza e proteção química, estão envolvidas as empresas NanoBr, Evonik, Rental Master e Inova.
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A construção do Largo da Memória, que circunda o Obelisco, foi uma intervenção de Vitor Dubugras, realizada em 1922 |
De acordo com a diretora do Departamento do Patrimônio Histórico, Nádia Somekh, o processo de recuperação do monumento deve estar somado com a ocupação da região para que a população se torne parceira na proteção da obra. “Há dez anos, essa obra passou por restauro. Mas como não houve uma ação de conservação com ajuda de parceiros e da população, isso se perdeu. Festejar e ocupar aquele espaço com atividades culturais serve para despertar a importância do monumento, mas também de compartilhar a proteção do espaço com a população”, afirmou.
O Obelisco do Largo da Memória ou “Pirâmide do Piques” foi projetado pelo engenheiro militar Daniel Pedro Müller e sua construção é atribuída ao mestre pedreiro Vicente Gomes Pereira, conhecido como Mestre Vicentinho.
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O largo é tombado pelo Condephaat desde 1974 e pelo Conpresp desde 1992 |
O monumento foi erguido em 1814, em homenagem às ações públicas empreendidas pelo triunvirato que vinha governando São Paulo desde o ano anterior, composto pelo Bispo Dom Mateus de Abreu Pereira, pelo Ouvidor Dom Nuno Eugênio Lóssio Scilbtze e o Intendente da Marinha de Santos Miguel de Oliveira Pinto.
A construção do Largo da Memória, que circunda o Obelisco, foi uma intervenção de Vitor Dubugras, realizada em 1922.
O largo é tombado pelo Condephaat desde 1974 e pelo Conpresp desde 1992. “É um lugar histórico para a cidade. No século 19, era usado como passagem por quem saía ou entrava na cidade vindo do sul do país. Os cavalos usavam a água da fonte e era um local de encontro dessas pessoas”, disse Nádia Somekh.
Veja aqui a programação da comemoração do bicentenário do Obelisco do Largo da Memória.
