“A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar”. O Pequeno Príncipe
Essa frase, escrita pelo autor Antoine de Saint-Exupéry no livro “O Pequeno Príncipe”, consegue traduzir bem o sentimento de quem ama.
Quando o príncipe decide sair viajando pelos planetas, ele deixa em seu pequeno asteroide, sua amada e vaidosa Rosa, que mesmo a amando incondicionalmente e cuidando dela diariamente, ainda assim, suas críticas constantes conseguiam esconder a beleza da Rosa.
Quando o pequeno príncipe chega a Terra, ele se sente culpado por ter deixado sua Rosa para trás. Como diria o principezinho, “é tão misterioso o país das lágrimas”. Quantas vezes choramos por alguém que mais amamos?
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Relacionamentos muitas das vezes são difíceis, mais difíceis ainda quando há um choque de criações, de ideias e valores, de orgulho na frente do amor, de amores não correspondidos… Quando o príncipe se sente culpado por ter deixado a Rosa em seu asteroide, a raposa o lembra que por mais parecidas que as rosas sejam, ele cativou a Rosa, e por isso ela nunca será igual as outras, ela para ele é única no mundo.
E interessante é que a Rosa foi inspirada na esposa de Saint-Exupéry, Consuelo Suncin, sabendo disso, pode-se perceber a relação que o autor tinha com sua esposa. Saint-Exupéry quando escreveu essa obra, uma das mensagens que talvez ele queria passar, é que em qualquer relação verdadeira de amor, é normal, e natural do curso da vida, deixar-se cativar e acabar chorando um pouco. Talvez seja essa uma das lições que nos ensinam a sermos adultos. Fica a reflexão.
Crédito José Augusto Cavalcanti Wanderley
Colaborou: Nicole B. Vieira da Rocha Santos