A importância do piloto e o impacto da sua profissão para o resto do mundo

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Quando pensamos na aviação nos dias de hoje, pouca gente se dá conta de toda a história por trás dos imponentes aviões e enormes companhias aéreas.

por José Augusto Wanderley*


E falando em história, o setor aéreo no Brasil, teve grande influência dos franceses. Inclusive , em 1912, os primeiros 12 brasileiros foram treinados por uma missão composta por instrutores franceses, visando prepará-los para receber em Toulouse, na França, seus brevets de piloto. Mais uma vez os laços franceses e brasileiros se entrelaçam no início da aviação.

Nossa história é marcada pelo desejo incansável por voar! Os pioneiros desse setor tão importante, como o poeta aviador, Saint-Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, e tantos outros pilotos, e claro, nosso grande brasileiro Alberto Santos Dumont, que marcaram o mundo com sua coragem e determinação.

Uma curiosidade que pouca gente sabe: a Aéropostale, tornou-se definitivamente a Air France (Crédito: arquivo DT)

Eles foram responsáveis por contribuir com o correio aéreo através da Latécoère (Compagnie Aérienne de Aviacion Latécoère), que posteriormente viria a ser a Aéropostale, e uma curiosidade que pouca gente sabe: Tornou-se definitivamente Air France até os dias de hoje, uma das maiores companhias aéreas do mundo. E um dos pioneiros teve grande papel na criação de aviões, como o Patrono da Aviação tanto trabalhou, Santos Dumont.

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Hoje os grandes aviões e suas companhias aéreas fazem a diferença no transporte mundial tanto em tempo quanto logística e isso acontece porque a partir dos primeiros anos do Século XX existiram homens (e algumas mulheres pilotas brasileiras que já em 1922 demonstravam coragem para voar, como Tereza Marzo, Anesia Pinheiro Machado e Ada Rogato) que apesar da incerteza de voar num aparelho totalmente limitado, assumiam os inúmeros riscos e desbravaram o mundo afora.

Algumas mulheres pilotas brasileiras que já em 1922 demonstravam coragem para voar: Tereza Marzo, Anesia Pinheiro Machado e Ada Rogato

Quebraram recordes mundiais como sempre lembramos aqui do piloto Jean Mermoz, o arcanjo, por sua primeira travessia transportando o correio pelo Atlântico Sul, em quase 25 horas de vôo, de Saint Louis do Senegal rumo ao Brasil na cidade de Natal, e Charles Lindbergh atravessando o Atlântico Norte saindo de Nova York a Paris, ambos pioneiros que foram condecorados e lembrados até hoje por sua bravura e garra.

Começar em qualquer coisa é sempre desafiador, mas começar do zero é muito mais. É difícil imaginar que na época não havia toda a tecnologia que há atualmente, com aqueles frágeis monomotores, biplanos, cujos únicos equipamentos auxiliares eram apenas uma bússola e um altímetro para se guiar, visto que a comunicação do piloto com a terra era impensável.

Não haviam os aeroportos como conhecemos para que os aviões tivessem escalas, e no Brasil foram criados somente graças aos pilotos desbravadores como o francês Paul Vachet, que na verdade eram chamados ainda de aeródromos , com pouquíssimos recursos. Até a criação de aeródromos os aviões se utilizavam de praias, várzeas, campos de futebol, e até rios e mares para pouso e decolagem.

Os pioneiros e “Cavaleiros do Céu” andaram para que hoje pudéssemos correr. Correr para a tecnologia de ponta, para o grande setor aéreo que transporta além de cartas e documentos como antigamente, mas transportando o progresso da humanidade como um todo, mudando a história dos povos, o setor aéreo tem a responsabilidade de transportar esperança, progresso, e maior velocidade nas comunicações. De fato, o progresso da humanidade seria infinitamente menor e muito mais difícil sem os aviões e sem os pilotos, que tiveram um papel extremamente importante.

O autor do Pequeno Príncipe participou da criação da subsidiária da Aéropostale, a denominada “Aeroposta”, que posteriormente viria a se chamar “Aerolineas Argentinas” (Crédito: arquivo DT)

O sinônimo de piloto é coragem. E não poderíamos deixar de falar do quanto Saint-Exupéry foi importante! Defendeu a França durante a Segunda Guerra Mundial, ajudou a implantar rotas de correio aéreo na África e América do Sul, e uma curiosidade também é que ele foi responsável na Argentina para a expansão para toda América do Sul, e participou da criação da subsidiária da Aéropostale, a denominada “Aeroposta”, que posteriormente viria a se chamar “Aerolineas Argentinas”.

Saint-Exupéry, além de ter deixado seu legado na aviação, também dedicou sua vida aos livros, sempre mostrando sua atuação como piloto, que inclusive no seu maior sucesso “O Pequeno Príncipe”, um dos protagonistas além do Príncipe é justamente um Piloto.

Colaborou: Jornalista Nicole Vieira


José Augusto Cavalcanti Wanderley é administrador, jornalista, publicitário e o criador da casa da cultura do Pequeno Príncipe, a “La Grande Vallée”, em Itaipava, no Rio de Janeiro. É ali que Augusto Wanderley inspira os ares da Mata Atlântica e se inspira na obra e na vida do escritor e aviador Antoine de Saint-Exupéry. Augusto Wanderley recebeu títulos de destaque como Homem de RH e Marketing Best do Estado do Rio de Janeiro, é cidadão Petropolitano e Embaixador do Turismo pelo Rio de Janeiro por seus serviços prestados à preservação da memória da aviação.

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