Com uma boa dose de desorganização e improviso o 7º Salão Nacional do Turismo foi aberto com estandes ainda incompletos e filas no sol
por Paulo Atzingen*
Sem a presença do presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, conforme anunciado, foi aberto o Salão Nacional do Turismo, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, nesta sexta-feira (15).
Seguindo uma tradição quase histórica de falas em demasia e homenagens a cargos e posições políticas, a primeira impressão que ficou foi a falta de planejamento e o improviso na organização. Estandes ainda a serem montados e falta de informação e sinalização adequada. Uma fila no sol formou-se fora do Estádio, logo pela manhã, posteriormente diluída por decisão da organização, que liberou a entrada sem credencial.
Outro lado
Organizadores de eventos e representantes do Ministério informam que a vinda do presidente mudou toda a logística de segurança e de circulação. Além disso, a decisão de fazer o Salão, o empenho financeiro e a liberação de verba para o evento aconteceram em dois meses.
Deixando a profundidade de lado, na solenidade, o ministro do Turismo, Celso Sabino, foi logo lembrado pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, primeiro a falar, no início de sua fala.
“Parabéns ministro (Celso) Sabino por sua capacidade política e empenho em trazer depois de tanto tempo a 7ª. edição do Salão do Turismo” , disse.
Freixo se dirigiu também ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, citando os números, oferecidos pelo Banco Central: “De janeiro a outubro os turistas estrangeiros injetaram na economia nacional R$ 27,8 bi, superando os R$ 24,4 bi de 2019, período pré-pandemia. Apenas no mês de outubro do calendário foram US$ 650 milhões, o que corresponde a R$ 3,19 bilhões, se consolidando o melhor outubro para o setor nos últimos 10 anos”. E frisou que o Turismo corresponde a 8% do PIB.
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Deputado e ministro falam no 7º Salão Nacional do Turismo
No pronunciamento de Arthur Lira, ele lembrou que trabalha em prol do setor e que se empenha em defender o segmento:
“O Brasil terá justiça social, com políticas públicas, que devem partir daqui, do parlamento. O (setor) privado vai fazer sua parte e fará acontecer”, disse.
“Precisamos expandir esse mercado. O Brasil está no caminho certo”, completou.
O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Zurab Pololikashvil e José Roberto Trados, presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), também falaram.
As entidades que estão apoiando o evento são Banco do Brasil, Sebrae, Sesc, Senac e Finep.
Tadros lembrou que apenas em setembro foram criados mais de 20 mil postos de trabalho no setor de Turismo. “No acumulado do ano, já são 132,5 mil novas vagas criadas. A projeção da Confederação é que o turismo chegue, até o final de 2023, com cerca de 165,8 mil vagas formais de trabalho” falou.
“No Salão reunimos o Brasil inteiro em um só lugar para apresentar ao mercado e ao público final os principais produtos turísticos ofertados pelas 27 Unidades da Federação brasileira. É um grande momento para o setor que, hoje, é o segundo maior gerador de empregos do país”, ressaltou o ministro Celso Sabino.
Sabino também, em sua fala, ressaltou a importância do escritório da OMT no Rio de Janeiro.
“A abertura do escritório da OMT foi uma marca para o nosso país, pois melhorará a competitividade do turismo e construirá parcerias para fortalecer a atividade”, disse.
Estratégia do 7º Salão Nacional do Turismo
O Salão, que vai até domingo (17), é uma estratégia do Governo Federal para mobilização, promoção e comercialização de roteiros, experiências e produtos turísticos, desenvolvidos e estruturados, segundo as diretrizes e os princípios do Programa de Regionalização do Turismo e da Política Nacional de Turismo. São esperadas 10 mil visitantes nos três dias.
*Paulo Atzingen, jornalista e fundador do DIÁRIO, viajou com seguro GTA.