Comunicado da Air Europa informa que companhia aérea entra no último bimestre do ano com uma notável recuperação financeira e operacional.
De acordo com nota enviada ao DT, a companhia finalizará o segundo semestre com resultados positivos tanto no que se refere às vendas de passagens, como nos principais indicadores de operação. Isso inclui ofertas disponíveis, número de passageiros e ocupação dos voos. A previsão é fechar esta segunda metade de 2022 com receitas superiores a 1,2 bilhão de euros e um lucro de 160 milhões de euros.
“A projeção se fundamenta nos resultados obtidos no terceiro trimestre deste ano que ocasionaram um lucro superior a 87 milhões de euros. O dado indica um crescimento de 237% na comparação com o mesmo período do ano anterior e 27% a mais do que em 2019, ainda no período pré-pandemia”, diz o comunicado.
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As perspectivas para o quarto trimestre são igualmente positivas, com uma estimativa para a companhia lucrar quatro vezes mais do que 2021.
Menos consumo de combustível
A estratégia da Air Europa de otimizar a gestão para expandir o negócio permitiu à companhia aérea desfrutar de bons resultados em um curto período. “A aposta na sustentabilidade, causa que a companhia está comprometida há anos, se materializou em diminuição no consumo de combustível, que nos permitiu unificar a frota e transportar mais passageiros sem a necessidade de operar mais voos. Os resultados positivos conquistados são fruto do esforço de todos os colaboradores, clientes, fornecedores e órgãos públicos”, explica o CEO da Air Europa, Jesús Nuño de la Rosa.
Papel estratégico no hub de Madrid-Barajas
Os bons indicadores obtidos ao longo do ano se refletiram tanto no aumento de assento, como no crescimento do número de passageiros e ocupação. Isso se concretiza principalmente nas operações realizadas partindo do hub estratégico do Aeroporto de Madrid-Barajas. Apenas nesse local, estima-se que a empresa dobre o faturamento previsto para o segundo semestre na comparação a 2021.
O comportamento da demanda e as estratégias comerciais traçadas levaram a taxa de ocupação da companhia a ficar em torno de 85% desde julho, 11% a mais do que o segundo semestre de 2021 e 1% a mais que 2019.
Outro número positivo registrado pela Air Europa é o crescimento da demanda. As rotas de longa distância operam atualmente com 91% da capacidade, quase o dobro do que o registrado no mesmo período de 2021. “Os números indicam o papel-chave da Air Europa na conectividade com a América, assim como demonstram a recuperação do mercado aéreo e o importante posicionamento da companhia na região”, ressalta o diretor-geral da Air Europa no Brasil, Gonzalo Romero.
Crescimento dos serviços
As receitas correspondentes à carga aérea no terceiro trimestre superaram em mais de 90% os valores de 2021. A companhia atribui o aumento à melhoria na gestão da área e à maior capacidade da frota, que contribuiu para responder de forma mais adequada às necessidades logísticas do mercado.
Os resultados de serviços extras ou auxiliares, como venda de assentos, bagagens e alimentação também superaram os dados de 2021, crescendo 78% entre julho e setembro. Outro indicativo positivo é o da classe Business da Air Europa, que continua a ser uma das marcas de qualidade da empresa, sobretudo nas rotas de longa distância, rendendo níveis de ocupação superiores a 80%.
Projeção de futuro
Embora o contexto de mercado requeira cautela por conta da alta da inflação, do aumento dos preços dos combustíveis, da paridade entre o euro e o dólar e do conflito na Ucrânia, a Air Europa mantém uma perspectiva positiva para 2023. Para o próximo ano, a companhia espera continuar assumindo um compromisso com a sustentabilidade, eficiência e rentabilidade das operações.
Também em 2023, a companhia completará seu plano de unificação de frota, graças ao acordo estratégico firmado recentemente com a Boeing. Isso significará o uso exclusivo de modelos deste fabricante. Os acordos com dois dos mais importantes locadores do mercado, AerCap e Avolon, permitirão a incorporação de novos Boeing 787 Dreamliner e do 737 MAX. Este último modelo começará a voar a partir de 2024 e fará da Air Europa a primeira empresa espanhola a operar a aeronave, considerada a mais avançada para voos de curta e média distância.
A Air Europa prevê ainda que a utilização de modelos mais eficientes, como o Dreamliner, que consome 20% menos querosene do que outros aviões, bem como a aplicação de técnicas como lavagem de motor e o uso de inteligência artificial para cálculo de rotas e de cargas ideais nos porões, permitirão a redução do investimento em combustível e, consequentemente, das emissões.
“A empresa mantém o compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade, apostando na redução de papel em todas as operações, na utilização de materiais recicláveis para o serviço de alimentação a bordo e para amenidades, bem como na aplicação de técnicas de economia circular nos seus processos. Também vamos continuar trabalhando para a incorporação progressiva de combustíveis mais sustentáveis para cumprir os objetivos de descarbonização estabelecidos para o setor”, diz Gonzalo Romero.
A companhia também planeja aumentar as frequências em algumas rotas mais importantes e reforçará a operação em destinos internacionais como Assunção (Paraguai), Córdoba (Argentina), Medellín (Colômbia) e Panamá. Da mesma forma, a empresa analisa a abertura de novos destinos no Chile, México, Costa Rica e países escandinavos. Neste ano, a Air Europa recuperou rotas e voltou a voar em 23 destinos na América e 33 na Espanha e restante da Europa, com cinco novos Dreamliners e seis outros Boeings 737.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências