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Alexandre Sampaio, presidente da FBHA: “Nossa volta a São Paulo fortalecerá os sindicatos!”

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Durante um café da manhã no Hotel Copa Sul, Rio de Janeiro, o DIÁRIO conversou com Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)

Por Paulo Atzingen (Do Rio de Janeiro) – com transcrição de texto por Clara Silva*

Alexandre abordou temas de grande relevância para o turismo e a economia brasileira. Desde a polêmica da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) em torno da proposta de redução da jornada semanal de trabalho, passando pelos desafios e oportunidades trazidos pelo aumento no fluxo de turistas internacionais. Falou também do retorno da FBHA à capital paulista com a abertura de um escritório representativo, que, segundo ele, dará mais provimento do trabalho da Federação junto à Fecomércio São Paulo.

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Sobre a PEC, Alexandre defende que a flexibilidade nas negociações sindicais é o caminho mais sustentável. Sobre o turismo internacional, ele destaca o potencial brasileiro impulsionado pela valorização do dólar e pela diversidade de destinos, mas alerta para a necessidade de avanços em conectividade aérea. Segundo Sampaio, com a abertura do escritório em São Paulo, a FBHA se prepara para sua expansão estratégica, fortalecendo a representatividade e incentivando o desenvolvimento integrado do turismo no país.

DIÁRIO – Explique o posicionamento da FBHA que foi contra a PEC que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas…

ALEXANDRE SAMPAIO – Primeiro porque este é um posicionamento eleitoreiro de uma deputada que pouco frequenta o Congresso. É impressionante a retrospectiva dela de frequência na casa, de projetos apresentados, de votações em que ela compareceu. Apesar disso, nós somos totalmente favoráveis para que haja possibilidade de incentivarmos que os nossos colaboradores convivam mais com a família, etc. Não existe arcabouço legal que suporte as empresas para que elas possam dispor dos funcionários dessa maneira, e manter a produtividade inerente a esse encaminhamento. Ele vai ser custoso, vai gerar inflação porque os processos terão que ser repassados para o custo e não agrega valor porque você não consegue corresponder a remuneração adequada neste tipo de descanso. O melhor seria deixar na atual conjuntura com os Sindicatos Patronais Laborais acordando esse processo, pois algumas empresas já dão uma folga extra, e já permitem isso em processos negociais, mas sem um arcabouço e uma discussão ampla em que haja uma compensação para as empresas arcarem com os custos inerentes. Com essa folga adicional, nós não vamos a lugar nenhum. Para mim, isso é uma proposta eleitoreira e que não vai agregar valor. Tanto é que na admissibilidade na Comissão de Justiça, ela nem entrou em pauta. Foi pautada e saiu da pauta.

DIÁRIO – O senhor poderia fazer um comparativo com outros países?

ALEXANDRE SAMPAIO – Claro. A carga horária máxima estabelecida no Brasil (44h) está dentro da média mundial, sendo que países como Alemanha, Argentina, Chile, Dinamarca, Holanda, México e Inglaterra possuem regime semanal de 48 horas de trabalho. Nesse sentido, o último estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que 22% dos empregados do mundo trabalham mais de 48 horas por semana. No Brasil, este índice chega a 18,3%, com carga horária maior, sobretudo nos setores do comércio e serviços.

DIÁRIO – Como o senhor analisa o número de chegada de  turistas internacionais ao Brasil?

ALEXANDRE SAMPAIO – A vinda dos turistas internacionais tem agregado valor ao nosso sistema de gastos que tem crescido por várias razões: primeiro pelo câmbio favorável e teremos uma temporada muito elevada de gastos e existe uma percepção que esse ano ainda vamos superar os 6 milhões e meio de turistas, talvez chegar a 7 milhões com uma relativa facilidade, sendo que esse processo atrai mais voos. Nós precisamos de mais voos para o Brasil, existe ainda uma conexão aérea muito tênue, muito fraca. Não é que o Brasil esteja distante, mas ele precisa de mais conexões aéreas…

Temos vários grupos (hoteleiros) investindo no Brasil já há algum tempo, inúmeras cadeias de Portugal principalmente, mas também da Espanha e eventualmente cadeias internacionais têm investido no Brasil, talvez segmentado em pequenos investimentos pessoais, antes de capitais italianos lá no Nordeste, e outros (investimentos) têm vindo para cá.

O dólar vai facilitar esse processo mesmo com a insegurança jurídica, a ‘famosa insegurança jurídica’ que pode inibir esses investimentos.

E outras (redes, cadeias, grupos) vão vir com certeza porque o mercado é atrativo, a iniciativa de mais voos vão vir, a relação de câmbios é extremamente favorável apesar do custo de folha de pagamento, etc. Existe uma possibilidade desses grupos trazerem europeus para as suas próprias cadeias aqui. Temos uma linha aérea que é portuguesa mas é praticamente uma brasileira no exterior, já que as conexões da TAP permitem trazer para cá centenas de milhares de estrangeiros. E o que temos? Uma atratividade de lugares da natureza exuberantes, uma diversidade de destinos que podem ser utilizados, a Amazônia, o Pantanal que apesar da grande perda em função de queimadas, já se recuperou e continua sendo um destino interessante principalmente para os franceses , temos as nossas metrópoles, temos o sintetismo da Bahia, nós temos um caleidoscópio em Minas Gerais com o seu turismo histórico, temos um cabedal de opções que torna o Brasil muito interessante nesse processo.

DIÁRIO – O escritório em São Paulo é uma das novidades de 2024. Quais são os marcos deste ano?

ALEXANDRE SAMPAIO – A Federação é a única estrutura vertical dentro da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) que desenvolve a área de turismo, turismo em parte porque apresentamos hotéis e restaurantes e alimentação fora de casa. A CNC está preocupada com o turismo tanto é que ela entende que o turismo está sendo a grande mola de investimentos, desenvolvimento, emprego da economia nacional. Ela se apoia nisso e lançou o projeto ‘Vai Turismo’ que incentiva governos estaduais e municipais.

Nesse sentido, realizamos um estudo em relação às eleições municipais onde incentivamos os empresários a cobrarem os seus representantes investimentos no turismo, sejam eles municipais ou estaduais, no sentido de dar condições de trabalho, melhor ambiente negocial, processos para geração de emprego e desenvolvimento integrado. O turismo faz parte dessa cadeia e tem um grande viés.

Com a Reforma Tributária, apesar de todos os percalços dela, acreditamos que ela cria cada vez mais esse ambiente de desenvolvimento integrado com o turismo. O ‘Vai Turismo’ está na nossa égide e o trabalho em São Paulo se reveste da possibilidade da gente participar das feiras setoriais que acontecem mais naquela capital. O pequeno escritório também recepciona uma ação, pois a Federação não tem base sindical em São Paulo. Lá existe uma Confederação adversa da CNC, que tem sob o seu guarda-chuva a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (FHORESP) com 12 ou 15 sindicatos.

Então, ao voltarmos a São Paulo nós buscamos, no maior estado da Federação, ter uma base com alguns sindicatos que começam uma expansão segura, eficaz e para dar provimento ao trabalho da Federação junto à Fecomércio São Paulo o que irá prover os sindicatos paulistas com uma representação crível, democrática e partícipe.


*O jornalista viajou ao Rio de Janeiro pela Azul Linhas Aéreas e ficou hospedado no Nobile Design Copacabana

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