Android ganha espaço do Windows no reino da Cibernética

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O sistema operacional Windows parece estar com os dias contados, uma vez que já não é o mais utilizado no mundo. Um levantamento da empresa StatCounter, divulgado recentemente, registra que o Android, utilizado nos dispositivos móveis, leva uma pequena vantagem em direção ao Windows.

Segundo o jornal espanhol El País, o Windows acumula queda contínua desde 2011, enquanto o Android vem crescendo ano após ano, o que não constitui nenhuma surpresa para o professor Marcelo Zuffo, da Escola Politécnica da USP, o qual falou sobre o tema em entrevista à Rádio USP.

De acordo com ele, o microsoft Windows acompanhou a evolução do computador em sua forma de desktop. Recentemente, com a evolução do computação e com a internet das coisas, os computadores desktop estão ficando cada vez mais reduzidos e viraram o smartphone, que nada mais é do que um computador portátil, móvel e muito mais poderoso do que o desktop que tínhamos na década de 1990.

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“É importante lembrar que  não se trata do Sistema Operacional Android, mas do Sistema Operacional Linux, porque o núcleo do Sistema Operacional Android é um Sistema Operacional Linux”, explica Zuffo. Para ele, esse é mais um importante sinal a demonstrar que as tecnologias abertas estão assumindo um papel preponderante nessa evolução contínua em direção à internet das coisas.

O professor da Escola Politécnica da USP abordou também, durante a entrevista, um assunto que sempre vem à tona quando o assunto é computação ou internet: a privacidade. Ele não tem dúvidas em afirmar que, na sociedade do conhecimento, alguns valores morais estão em transformação,e um deles é o da privacidade. As atuais gerações têm uma exposição de sua vida pública no espaço virtual muito mais ampla do que as gerações anteriores, o que acaba criando conflitos geracionais entre faixas etárias não tão distantes umas das outras em termos cronológicos. “A gente vê que a garotada dos 18 anos tem conflito com a garotada dos 30 anos”, observa Zuffo.

As coisas funcionam como se cada faixa etária possuísse uma percepção diferente de privacidade. As gerações mais velhas tendem a preservar a privacidade em um grau muito maior do que as atuais. Zuffo não acredita que o conceito de privacidade seja extinto, mas admite que está sofrendo uma flexibilização em função dos novos tempos. “Para nós, da velha guarda, o que entendemos como privacidade hoje,  já não existe”. (Jornal da USP)

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