O presidente da GOL, Paulo Kakinoff, disse acreditar que o pior cenário para a companhia ficou para trás após a empresa aérea ter anunciado ajustes na oferta, na malha e prever redução no tamanho da frota, buscando se adaptar ao cenário ruim da economia brasileira.
A volatilidade cambial e a atual conjuntura econômica têm derrubado os resultados trimestrais da aérea, com impacto nos custos e despesas e na receita com transporte de passageiros.
Kakinoff disse ser impossível prever o cenário macroeconômico para os próximos períodos, mas disse esperar que a volatilidade de 2015 não se repita em 2016, apesar de uma recuperação mais forte da economia não estar no radar.
Veja também as mais lidas do DT
“Do primeiro para o segundo trimestre, a companhia sentiu a velocidade com que o cenário se deteriorou. Evidentemente, (agora) a inércia do setor aéreo para readequar a oferta ocorre em uma velocidade menor do que com as variações abruptas que experimentamos”, afirmou o executivo em teleconferência com jornalistas para comentar os resultados do terceiro trimestre.
Com os ajustes que já começaram a ser implementados, Kakinoff disse que “o tamanho da frota, oferta, nossa malha e estrutura de custos permitem afirmar que o pior cenário ficou para trás”.
A GOL revisou para baixo sua projeção de margem operacional em 2015. Além disso, também anunciou que dos quinze Boeing 737-800 NG programados para entre 2016 e 2017, quatro aeronaves serão incorporadas à frota no período. A empresa ainda fará subleasing de 12 aeronaves em 2016 às aéreas estrangeiras durante a baixa temporada no Brasil, ante 7 em 2015.
A GOL prevê reduzir a oferta no mercado doméstico entre 5% e 7% no quarto trimestre e, no mercado internacional, entre 7% e 8%.
Kakinoff também disse que a companhia implementou redesenho da estrutura de pessoal, com redução de camadas de postos executivos, e não deve realizar nos próximos períodos a reposição da saída natural de funcionários da empresa, assim como congelar contratações.
A GOL registrou, no terceiro trimestre, prejuízo de 2,13 bilhões de reais, salto ante o resultado negativo de 245,1 milhões de julho a setembro de 2014, também afetada pelo reflexo da desvalorização do real ante o dólar sobre seus passivos na divisa norte-americana. (Reuters)
Enquanto as Companhias Aéreas ficam nesta “choradeira”, brasileiros deixam de viajar pelas regiões que ficam muito distantes, umas das outras, por uma programação de roteiros demasiadamente exaustiva de se fazer: conexões e escalas que Não se verifica em viagens internacionais. A Aviação Brasileira tem que se conscientizar que somos um País Continente e como tal termos a oportunidade de vôos diretos em roteiros de grande demanda e distância, Independente de temporada. A Lei do Mercado – Milenar – é clara: onde há demanda haja atendimento. Valorizemos mais os produtos brasileiros: aviões da Embraer, por exemplo. Fica a dica.