Argentina terá guia Michelin para restaurantes

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Argentina terá guia Michelin para restaurantes, e a publicação, que abrange Buenos Aires e Mendoza, será lançada em novembro

Pela primeira vez, a Argentina terá uma edição do Guia Michelin, que apresentará destaques da cena gastronômica da capital Buenos Aires e de Mendoza, região produtora de vinhos. Assim, a publicação trará as famosas estrelas que movimentam restaurantes e chefs pelo mundo. Até então, o Brasil era o único país da América do Sul a ter uma versão do guia.

Nesta terça-feira (25), o anúncio foi feito em Buenos Aires por Elisabeth Boucher-Anselin, diretora de comunicação do Guia Michelin, e Matías Lammens, ministro de Turismo da Argentina. Inclusive, o guia será lançado apenas de forma digital, em novembro.

“Queremos firmar Buenos Aires como a capital gastronômica da América do Sul. Este é o começo da relação da Argentina com o guia, estou convencido de que outros chefs no país também vão chamar atenção”, afirmou Lammens.

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Argentina terá guia de restaurantes Michelin e investe em parceria

De acordo com o ministro, a Argentina fez uma parceria com o guia para que os inspetores continuem visitando o país até 2025.

Além disso, para o primeiro ano, o investimento no projeto foi de US$ 620 mil. “Há um estudo que indica que 60% dos visitantes pode ficar mais uma noite em um destino quando ele tem restaurantes no guia Michelin”, completou o ministro.

“Tomamos essa decisão [da parceria] porque acreditamos que o turista quer ficar mais tempo na Argentina por causa de sua cena gastronômica”, disse Boucher-Anselin.

Com o guia Michelin, Argentina espera atrair mais turistas

Ainda, a chegada do Guia Michelin à Argentina é mais uma das iniciativas que vêm movimentado a cena latina. Isso porque diferentes países investem em ações para destacar sua reputação e atrair turistas.

No caso da Argentina, segundo o Indec, similar ao IBGE local, no primeiro trimestre de 2023 o número de brasileiros que viajaram a Buenos Aires chegou a 106 mil.

Inclusive, a capital do país já possui oito posições em outra premiação referência no setor gastronômico: o 50 Best (que tem tanto uma versão mundial quanto uma latino-americana).

Além da parilla Don Julio (2ª colocada), outros restaurantes portenhos que estão no ranking regional são: Mishigene (15º), El Preferido de Palermo (22º), Chila (26º), Aramburu (36º), Elena (40º), Gran Dabbang (48º) e Julia (50º).

Ainda, o Brasil também entra nesse “duelo gastronômico” e pela primeira vez, sediará a cerimônia que apresenta os vencedores de 2023 do 50 Best da América Latina. Inclusive, a premiação acontecerá no Rio de Janeiro, em novembro. Além disso, o evento, feito em parceria com a prefeitura da cidade, será realizado no Copacabana Palace.

Argentina terá guia de restaurantes Michelin: entenda a diferença entre Michelin e o 50 Best

Diferentemente da lista do 50 Best, na qual são compilados os votos de uma série de jurados, o Guia Michelin envia inspetores próprios. Eles visitam os restaurantes anonimamente e os avaliam. Além disso, entre os critérios utilizados estão: qualidade do ingrediente, personalidade da cozinha, custo-benefício e regularidade.

Além disso, as cotações do Guia Michelin podem ser três estrelas (cozinha excepcional), duas estrelas (excelente) e uma estrela (requintada). Por sua vez, os endereços também podem ser destacados como Bib Gourmand (excelente relação qualidade/preço) e o Prato Michelin (cozinhas de qualidade a preços moderados).

Guia Michelin no Brasil

No Brasil, as secretarias municipais de turismo de São Paulo e do Rio de Janeiro também negociam para que o Michelin volte a avaliar endereços das duas cidades.

Inclusive, a última versão do guia de capa vermelha, que inclui restaurantes, foi publicada em 2020. Por conta da pandemia de Covid, foi apenas no formato online, disponível no aplicativo do Michelin.

Além disso, os irmãos Edouard e André Michelin criaram o guia em 1900, na França. Eles colocavam informações de onde abastecer e consertar o carro, onde comer e se hospedar. A edição brasileira é a primeira da América do Sul.

Até 2020, o Brasil era o único país latino-americano a ter o guia Michelin, avaliando restaurantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Inclusive, na edição de 2020, as casas avaliadas com duas estrelas foram o Ryo (SP) – que não está mais operando; o D.O.M. (SP); o Oteque (RJ) e o Oro (RJ).


Por Caroline Figueiredo – repórter do DT, com informações da Folha de São Paulo.

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