Artigo – A crise anunciada da hotelaria carioca

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Bayard Do Coutto Boiteux

Nos últimos anos aconteceram grandes eventos esportivos no Rio de Janeiro. Essas atividades foram fundamentais para o desenvolvimento da cidade. Por exemplo, para o transporte público e a hotelaria.

O Rio de Janeiro, por força de exigências das entidades internacionais, foi obrigado a aumentar sua oferta hoteleira. Por parte do poder público, a ação de desenvolvimento dos hotéis, não obteve um plano de marketing institucional.

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Nenhuma ação efetiva foi tomada pelos governos municipais e federais. Mesmo com o sucesso dos Jogos Olímpicos, a cidade passa por dificuldades. O ideal seria aproveitar o momento comemorativo dos eventos esportivos e promover uma campanha promocional junto aos mercados emissores.

Foi mais uma vez um jogo de empurra-empurra. Os políticos alegaram, como de costume, falta de verba. O grande esforço de mostrar ao mundo, nossa capacidade técnica de sediar e realizar grandes eventos, foi literalmente jogado no lixo.

Por outro lado, a hotelaria passou a praticar preços bem elevados. Essa ação ajudou a afastar consumidores, primeiramente internacionais. Fez com que os operadores de receptivo entrassem no pior período de sua recente história. Com isso, os empresários não tinham como fazer grandes esforços promocionais.

Atualmente, a crise hoteleira é sentida com fechamento de 13 hotéis, em menos de 3 anos. Esse resultado, revela o despreparo da gestão e um crescimento sem planejamento, com o desejo de soluções pontuais. A dúvida que surge é como construir cerca de dez hotéis na Abelardo Bueno e redondezas, com a dificuldade de um Parque Olímpico desestruturado? O que se esperava desse projeto era o renascimento de uma “Nova Barra” no lugar do Autódromo de Jacarepagua?

A tendência é que a cidade perca mais oito hotéis até o final de 2021. Não é por falta de aviso dos especialistas, que alertam, tanto o poder público como a iniciativa privada, sobre os acontecimento negativos na região. Os pesquisadores relatam sobre a falta de planos de turismo. O ideal é priorizarem a busca de soluções a médio prazo.

O governo federal precisa entender que o Rio necessita de ajuda urgente no turismo receptivo. O governo municipal deve investir nas atrações turísticas e não pensar que vai encontrar patrocinadores numa época de dificuldades econômicas.

O Rio de Janeiro é um destino que faz parte da venda do Brasil. Essa ideia, deve ser encarada pelos burocratas que querem fazer do turismo uma ação retrograda e míope de desenvolvimento.Não podemos cruzar as mãos.Vamos exigir soluções para que a cidade maravilhosa não seja destruída.

*Bayard Do Coutto Boiteux é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ(www.embaixadoresdorio.com.br)

 

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