Os sócios da Gestour Brasil, Vadis da Silva e Nara Spada em artigo publicado nesta terça-feira (19) (leia artigo) no DIÁRIO DO TURISMO fazem observações importantes a respeito do papel do Estado na gestão do turismo brasileiro, enaltecem os noventa dias do governo (que já arrecadou R$ 2,2 bilhões com privatizações de aeroportos) e alertam: “O setor produtivo do turismo pode e deve andar com suas próprias pernas”.
REDAÇíO DO DIÁRIO
Segundo Vadis, os governos em suas três esferas de poder estão financeiramente quebrados e a classe empresarial se acostumou a tempos melhores em ser subsidiada para a promoção do turismo. As coisas mudaram. “Diante de tal penúria, os empresários do turismo ter a pretensão que, ainda assim coloquem dinheiro para promoção do turismo é de deixar faces ruborizadas de quem se preocupa minimamente com a falta de dinheiro para a segurança, saúde, educação e infraestrutura”, afirma em seu artigo.
Por ser uma atividade essencialmente privada e de mercado, Vadis e Nara defendem a importância de se firmar um “Pacto Federativo em favor do Turismo Receptivo”, para que se estabeleça uma nova ordem para novas oportunidades no setor.
E adverte: “as coisas não são tão difíceis quanto são pintadas por alguns acostumados, ao longo da história, a só “mamar” dos cofres públicos.
Em estudo apresentado pelos executivos, somente o segmento de meios de hospedagem nacional fatura anualmente mais de R$12,7 bilhões. “Em números pessimistas para não errar –, levando em conta apenas 21% da oferta de unidades habitacionais disponíveis, a uma diária média de R$160,00”, afirma Vadis.
O executivo reitera a necessidade de união da classe empresarial e política e prognostica: “Os ares para os negócios no mercado do turismo, para este e os próximos anos, indicam que são os melhores de todos os tempos. Cabe ao setor empresarial brasileiro decidir se quer pegar ou deixar que outros peguem a “dinheirama que está sobre a mesa”.
E finaliza: “É hora de, especialmente aos pavões do setor, recolherem um pouco suas belas asas e, todos, desapegados de egos trabalharmos para aglutinar “gregos e troianos” em favor da causa maior, a independência e autossuficiência do setor privado, na promoção e comercialização do turismo nacional”.