O artista Anuiá Amarücamaiurá, do Parque do Xingu, no Mato Grosso presentou neste mês de dezembro o B Hotel de Brasília com uma de suas obras.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
A obra de Anuiá é um um conjunto de quatro telas, que juntas formam a representação gráfica e cosmológica de uma borboleta, segundo a crença dos povos Yawalapiti e Kamayurá, etnia dos seus pais, que enxergavam nos desenhos uma expressão relacionada ao seu meio ambiente natural, seja ele físico ou espiritual.
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Fora a inspiração central da obra, as cinco cores presentes na tela pintada por Anuiá, representam significados distintos: o branco retrata as nuvens, o azul o céu e os rios, o amarelo as borboletas, o vermelho urucum e o preto o jenipapo.
A tela pintada por Anuía, se juntará a mais de 100 peças de arte indígenas já presentes no B Hotel, como cestas, esculturas, quadros e objetos de decoração em geral dos povos Caraja (TO), Xingu (MT), Kayapó (PA), Yanomami (AM), Guarani (RS) e outros.
Pintura será exibida permanentemente no B Hotel, na entrada de uma das salas de eventos
Além da obra realizada para o B Hotel, as pinceladas de Anuiá também estão presentes e espalhadas por todo o Brasil, inclusive em construções assinadas por Oscar Niemeyer, como o Memorial dos Povos Indígenas, também em Brasília.
Com o novo quadro pintado para o B Hotel, Brasília passa a ter 5 obras autorais de Anuiá espalhadas pela cidade. O artista, que vem de uma família de pajés e logo se tornará líder do seu povo, começou a sua trajetória em 2014 e aprendeu a pintar, tocar flauta e a construir residências típicas com os pais e avós.