A busca por pacotes para destinos asiáticos na operadora Ásia Total tem crescido exponencialmente e nem mesmo a alta do dólar influencia a decisão em conhecer os países onde o sol sempre nasce primeiro.
Por REDAÇÃO DO DIÁRIO
No dia 2 de dezembro o DIÁRIO DO TURISMO entrevistou os diretores da operadora Ásia Total, referência em viagens para o Oriente. Em uma conversa rica em insights, considerando a cultura oriental carregada de enigmas e por vezes desconhecida, Jeff Santos, sócio-diretor, e Jorge Watanabe, diretor financeiro, compartilharam suas visões sobre o mercado turístico daquela parte do planeta, as tendências de consumo e o futuro da operadora que tem transformado a maneira como os brasileiros exploram a Ásia.
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O viajante brasileiro e suas mudanças de hábito
A conversa começou com uma análise sobre os hábitos do consumidor brasileiro. Jeff destacou uma transformação significativa nos últimos anos, especialmente entre os nascidos a partir da década de 1980, as chamadas gerações Y e Z.
“Hoje, o brasileiro prioriza experiências. Ao invés de investir em bens como carros ou imóveis, ele prefere viajar e explorar o mundo. Essa mudança é um reflexo do novo estilo de vida, que valoriza mais a vivência do que a posse”, afirmou.
Jeff também mencionou como o trabalho remoto e a flexibilidade profissional têm impulsionado essa nova mentalidade, criando uma demanda crescente por viagens internacionais e personalizadas. “Existe um público que quer uma viagem sob medida, como um terno ou um vestido”, comparou.
A evolução do agente de viagens
Mas não apenas os consumidores mudaram, segundo o operador. Os próprios agentes de viagens também evoluíram. Ele relembrou como o avanço dos meios digitais transformou o mercado, exigindo uma abordagem mais sofisticada e informada por parte dos profissionais do setor.
“Hoje, o consumidor chega ao agente de viagem com uma overdose de informações. Isso nos desafia a sermos ainda mais especializados, oferecendo algo que vai além do básico. Precisamos entregar conhecimento profundo e curadoria única”, explicou.
Destinos em alta e o novo perfil de viajantes
Questionado sobre os destinos mais procurados, Jorge Watanabe destacou o crescimento do interesse pelo Japão, especialmente entre os viajantes mais jovens.
“Esses turistas estão fugindo dos roteiros tradicionais. Em vez de apenas visitar o Monte Fuji ou Tóquio, eles buscam atrações modernas, como tecnologia, cultura pop, mangás e experiências únicas que refletem o Japão contemporâneo”, disse.
Além do Japão, ele apontou a Coreia do Sul e a Tailândia como outros destinos em destaque, com viajantes interessados tanto em experiências culturais quanto em roteiros exóticos.
Números e dólar
Jorge adiantou ao DIÁRIO que a operadora teve uma alta no faturamento de 30% em relação a 2023 e que os destinos Japão, Coréia, Tailândia e Indochina encabeçaram a procura. “Esta alta recente do dólar não afeta ou influencia na decisão da viagem, já que o planejamento é feito com muita antecedência e 10% na variação cambial não afeta o fechamento de um pacote. Pode haver uma mudança no período em que a viagem será realizada”.
Famtours: estratégias de alto impacto
Outro ponto discutido foi o impacto dos Famtours realizados pela Ásia Total. Em 2023, a operadora organizou viagens exclusivas para a Índia e o Nepal, reunindo agentes selecionados para vivenciar experiências únicas.
Jeff destacou que esses eventos, embora custosos – com valores que chegam a US$ 8 mil por participante –, geram um retorno significativo.
“Nossa seleção de participantes é criteriosa. Cerca de 40% dos agentes que participam dos Famtours acabam gerando novos negócios. Além disso, essas iniciativas fortalecem nossa imagem no mercado como uma operadora de alto padrão”, revelou.
Pacote esgotado e novidades para 2025
Com um planejamento arrojado, a Ásia Total já viu suas saídas regulares para o Japão esgotarem para abril de 2025. Em resposta à alta demanda, a empresa está abrindo saídas extras, além de destinos diferenciados como Camboja em abril e Japão em setembro.
Perguntado sobre o diferencial da Ásia Total frente à concorrência, Jeff reforçou o perfil de sua operadora que trabalha com viagens personalizadas: “Nós não vendemos pacotes massificados. Nosso produto é artesanal, único, feito com profundidade. Vivemos o que oferecemos, conhecemos a cultura, o comportamento e a essência de cada destino. Isso nos permite preparar o cliente para a viagem, garantindo que ele esteja alinhado com as particularidades culturais do Oriente.”
Perguntado sobre o diferencial da Ásia Total frente à concorrência, Jeff reforçou o perfil de sua operadora que trabalha com viagens personalizadas: “Nós não vendemos pacotes massificados. Nosso produto é artesanal, único, feito com profundidade.
Novas fronteiras e perspectivas para o futuro
O executivo ainda revelou que, além do Oriente, a Ásia Total está de olho em novas regiões como o norte da África, Botsuana e (a região do) Pacífico, com apostas na Austrália. Ele acredita que 2025 será um ano promissor tanto para a operadora quanto para o mercado turístico brasileiro.
“Estamos otimistas. O turismo tem mostrado resiliência, e acredito que teremos uma temporada excepcional.” (Por Paulo Atzingen, de São Paulo)
Contato da ASIA TOTAL