Entidade afirma que tweet publicado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 28 de março permitiu interpretações equivocadas sobre como o governo federal pode economizar na compra de passagens áreas nacionais, e pede esclarecimento
Por Redação
Em nota publicada nesta sexta-feira (29), a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativa, a Abracorp, esclareceu que apoia o decreto (nº 9.731) de Bolsonaro que dá isenção unilateral de visto a turistas americanos, canadenses, japoneses e australianos em viagens ao Brasil.
A entidade, no entanto, se diz surpreendida diante das as mensagens do presidente fazendo referência a uma esperada redução de custos oriundos da proposta da medida provisória 877.”Notamos nelas uma afirmação que merece reparo: as agências de viagens seriam responsáveis pelo custo de R$ 15 milhões pela compra de passagens aéreas nacionais e que, com a implementação da compra direta, esse custo seria debelado”.
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No texto, a entidade afirma que enviou uma manifestação à Presidência. “Primeiramente discordando dessa afirmação e” depois “solicitando um canal de comunicação para entender e discutir tais decisões com o Governo.Dentro do ambiente pregado pelo Governo, da transparência, esperamos essa abertura”.
Na visão da Abracorp, “o Governo estima essa economia baseado simplesmente nas discussões da compra direta com as companhias aéreas, via benefícios puramente comerciais. Quanto custará para gerir isso não sabemos. E esse foi o motivo de nosso pedido para essa audiência, havendo até, questionamento orçamentário similar por parte do Senado Federal, em nota técnica encaminhada pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle em 27 de março último”.
O apoio ao decreto prevalece, reforça a entidade. “Continuamos firmes no propósito de apoiar a liberação dos vistos para cidadãos australianos, canadenses, japoneses e norte-americanos, o que é uma tremenda oportunidade de crescimento do turismo no Brasil e na expectativa de podermos atuar firmemente na melhoria dos processos de compras em quaisquer níveis e da inserção da agência de viagens como elo produtivo da cadeia.