(Edição do DT com agências)
A aviação comercial brasileira deve encerrar 2015 com um déficit de caixa superior a R$ 7,3 bilhões, informou nesta quarta-feira (30) a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR). É o pior resultado da história do setor, equivalente à soma dos resultados líquidos negativos registrados em três anos consecutivos pelo transporte aéreo (2011 a 2013), ou R$ 7,4 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Esse déficit está sendo impulsionado pela escalada da cotação do dólar em relação ao real e pelo aumento de custos de 24% previsto para este ano, enquanto a receita deve crescer bem menos, ou 3,7%.
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“Esse cenário coloca em risco uma década de conquistas, pois saltamos de um patamar de 30 milhões para 100 milhões de passageiros. Com o câmbio nesse valor, não é admissível trabalhar com custos muito acima da média mundial, como é o caso do combustível”, afirmou o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.
Para 2016, as projeções indicam um déficit de caixa de até R$ 12,2 bilhões, caso a cotação do dólar fique em torno de R$ 4,44. Se a moeda americana for cotada na casa dos R$ 3,88, as perdas poderão se situar em R$ 11,4 bilhões.
Já falei em outra oportunidade: mais atenção ao turismo nacional. Mais viagens entre as regiões; menos tempo em conexões e menos conexões. Talvez o maior entrave seja a logística de centralizar conexões no eixo SP/RJ: Ficam aqueles milhares de turistas nacionais, com fisionomia de cansaço aguardando a conexão. Aí como está: as companhias aéreas ficam na expectativa das cotações internacionais do dólar e/ou euro e, justamente na modalidade em que o custo é alto porque as viagens são de maior duração, além da constante oscilação da taxa de ocupação das aeronaves.