A cidade de Belém, no Pará, enfrenta o desafio de transformar sua infraestrutura para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que acontece em novembro de 2025. Trata-se de um evento de proporções globais, atraindo atenção tanto para as questões ambientais quanto para o potencial de desenvolvimento da região amazônica.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com informações de O Liberal e Valor Econômico
Desde que a cidade foi anunciada como anfitriã, em maio de 2023, a preocupação com gargalos estruturais se intensificou, especialmente em áreas como capacidade de hospedagem, mobilidade urbana e saneamento básico – temas que colocam à prova a preparação da capital paraense.
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Capacidade hoteleira
Um dos principais pontos de atenção é a capacidade hoteleira de Belém, que atualmente se mostra insuficiente para atender à alta demanda esperada, considerando o influxo de delegações, representantes de ONGs, imprensa e especialistas de diversos países. Em resposta a esse déficit, as autoridades locais e investidores privados buscam soluções que vão desde a ampliação de hotéis e pousadas até alternativas como hospedagem em cidades próximas e acomodação em navios de cruzeiro. Para viabilizar essa última opção, o porto de Belém deve passar por um processo de dragagem, essencial para permitir a ancoragem dos transatlânticos que poderão funcionar como hotéis flutuantes.
Além da questão de hospedagem, a mobilidade urbana também representa um desafio urgente. Com uma malha de transporte que ainda enfrenta problemas de modernização e expansão, o município se vê pressionado a aprimorar rotas e garantir acessibilidade eficiente para os participantes da conferência. Este cenário inclui a requalificação de vias e melhorias na infraestrutura aeroportuária, que precisa de ampliação para suportar o intenso movimento de voos previstos para o evento.
Outro aspecto crítico é o saneamento básico. O tratamento de água e esgoto em Belém ainda reflete desafios do passado e evidencia a necessidade de uma reforma profunda. Melhorias neste setor são vistas não apenas como uma necessidade prática para a COP30, mas como uma medida essencial para a saúde pública e para a conservação ambiental da região.
O jornal Valor Econômico destaca que tais problemas, antigos e estruturais, precisam de atenção imediata e investimentos significativos para garantir que Belém esteja preparada para receber a cúpula climáticaização da COP30 na Amazônia traz, ainda, um simbolismo poderoso. Além de dar visibilidade aos problemas e potenciais da região, a escolha de Belém como sede do evento enfatiza a importância de incluir a floresta amazônica no centro das discussões globais sobre mudança climática. Para o Brasil, essa é uma oportunidade de projetar o compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento responsável, mostrando ao mundo que é possível alinhar preservação ambiental e progresso socioeconômico.
Investimentos e Parcerias Estratégicas
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