Destino de turismo de natureza por excelência, o Brasil tem sido notícia em nível mundial pelos inúmeros focos de incêndio em ecossistemas localizados em diferentes Estados, como Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A situação – gerada, sobretudo, por fortes ventos, estiagem e temperaturas elevadas – impacta diretamente a indústria turística. Nesse cenário, e fiel à premissa de que o maior produto do país é a natureza e de que o luxo reside na autenticidade, a BLTA – Brazilian Luxury Travel Association incentiva o aumento do fluxo de visitantes – brasileiros e estrangeiros – nas áreas afetadas como fonte de recursos para a recuperação dos ecossistemas atingidos.
EDIÇÃO DO DIÁRIO e agências.
“Acreditamos que essa postura também irá permitir que o turista conheça in loco as consequências geradas pela catástrofe ambiental, podendo ele próprio ter essa experiência real e acompanhar o processo de recuperação”, afirma a diretora executiva da instituição, Simone Scorsato. “Mesmo com todas as queimadas que ocorrem de Norte a Sul, ainda assim oferecemos as melhores experiências junto a diferentes ecossistemas. Queremos que o mundo viva esta experiência e veja que o Brasil é um país possível para um turismo responsável”, complementa.
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Palco de queimadas que atingem o Mato Grosso, o Refúgio Ecológico Caiman, por meio de seu proprietário, Roberto Klabin, endossa as palavras de Simone e vai além. “Temos de transformar a tragédia em uma oportunidade de aprendizado. Queremos que nossos hóspedes acompanhem o processo de recuperação da natureza, que vai ocorrer rapidamente assim que as chuvas começarem. Estamos fazendo um balanço do que perdemos em termos de flora e fauna para avaliar o que poderemos oferecer aos nossos clientes em termos de experiências aqui na fazenda. Não podemos interromper a vinda de hóspedes porque precisamos desses recursos. Diante dessas catástrofes temos de aumentar o número de visitantes em todas as áreas afetadas para recuperar o próprio patrimônio natural”, afirma.
Por sua vez, o sócio-diretor do Anavilhanas Lodge (que integra a BLTA), Augusto Costa Filho, diz que vem sendo bombardeado, nos últimos dias, com perguntas que chegam de todo o mundo sobre os focos de incêndio na Amazônia (onde se situa a propriedade). “Estamos atuando no sentido de esclarecer aos turistas que não estamos localizados nas áreas atingidas pelas queimadas e, felizmente, não tivemos nenhuma desistência ou cancelamento de reserva por conta dessa situação que gera, por si, muita apreensão. Meu maior receio diz respeito à imagem do Brasil que está sendo projetada mundialmente. Por isso, mais do que nunca é necessário transmitir a informação correta e real para esclarecer a opinião pública”, diz.
Compartilhando da mesma opinião, o manager partner do Cristalino Lodge, Alex da Riva, reafirma sua preocupação. “Embora não tenhamos sido afetados, todos nós que trabalhamos com turismo estamos muito preocupados com o que está ocorrendo no Norte e no Centro-Oeste do país, incluindo Pantanal e Chapada dos Guimarães, regiões que concentram grandes atrativos turísticos. Sabemos o quanto que o turismo contribui para fortalecer a imagem positiva do país no exterior e para a conservação do nosso vasto patrimônio natural”.
Nesse aspecto, Riva defende não apenas a manutenção da promoção do país no mercado internacional na captação de turistas, mas, também, o contínuo estímulo à preservação. “No cenário do turismo de luxo em meio à natureza, o Brasil tem um potencial competitivo a ser explorado de forma sustentável, protegendo o meio ambiente, como já fazem os associados da BLTA. A título de exemplo, só os integrantes que praticam ações de conservação protegem 64.850 hectares de florestas em diferentes biomas, como Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica”, afirma.
Para mais informações: http://blta.com.br/