Solidariedade. Ato de bondade e compreensão para com o próximo ou um sentimento, uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre membros de um grupo. Foi com esse intuito que a Blue Tree Hotels realizou um programa exclusivo especial de capacitação para refugiados no Brasil.
por André Tanabe (Repórter do DIÁRIO)
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Na manhã desta terça-feira (5) o sol brilhou mais radiante na capital de São Paulo e no futuro de sete refugiados no Brasil. A cerimônia de formatura dos refugiados capacitados (agora formandos) ocorreu no Blue Tree Premium Paulista; no evento estavam representantes de entidades de parcerias da rede hoteleira como Mulheres do Brasil, entre outras, além da presidente do Blue Tree Hotels, Chieko Aoki.
A cerimônia de abertura foi realizada por Luciana Fagundes, e pela própria presidente da entidade, “a alma Blue Tree é o nosso DNA, é uma forma de ser e fazer da Blue Tree e que tem um método, é uma coisa que a gente sente e faz, e um método novo, uma forma nova de fazer a hotelaria resgatando a hotelaria antiga”, disse a executiva.
Melhor do que entrou
Aoki dá continuidade afirmando que o segredo desse novo método é unir as novas tecnologias com os métodos antigos de hospitalidade. “A hotelaria que estamos resgatando tem o bem-receber, o bem-servir, e o bem-cuidar, são três coisas diferentes, mas que sempre usamos de forma aleatória e nós criamos um método. Com esse método temos o objetivo de reaprendermos de a cuidar um aos outros, porque nós estamos na hotelaria para cuidar de pessoas, dos nossos clientes, da nossa equipe, dos nossos investidores e de todas as pessoas que passam pelos nossos hotéis”, afirmou a empresária. “E com esse método queremos que todas as pessoas que passem pelos nossos hotéis saiam deles sentindo melhor do que quando entraram”, relatou a presidente.
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Motivos na pele
A presidente informou ao público o motivo dela se importar tanto pelo tema dos refugiados, relatando a história de sua família, de como seu pai e mãe saíram do Japão e vieram para o Brasil e como eles sofreram no percurso até chegarem em terras brasileiras, sem falar o idioma português e sem nada. Ela relata que se não fosse a ajuda dos amigos dos pais dela, ela não saberia dizer como teria sido o futuro deles. “Então eu prezo muito a ajuda que alguém possa fazer para o outro, fazer o bem só faz bem para a gente”, confessou.
A executiva encerra a abertura relatando as 7 atitudes do bem receber, sendo elas: receber na porta (acolher as pessoas na chegada), interaja com todos (temos de receber bem todas as pessoas sem descriminação), tomar a iniciativa, sorrir para todos (um sorriso abre os corações), olhar nos olhos (os olhos transmitem sinceridade), chamar pelo nome (todas as pessoas querem ser chamadas pelo nome), e se despedir na porta. “Fazendo alguma delas você já faz as pessoas se sentirem felizes”, sintetizou com sua sabedoria oriental.
REFUGIADOS E CAPACITAÇÃO
Os candidatos foram indicados por meio de análise de 25 currículos, dos quais após processos seletivos e entrevistas, sete foram recrutados a participar. Durante 10 dias tiveram no departamento da governança, o curso de animadores no Brooklin Premium Paulist. Com um plano de aula desenvolvido especialmente para esse padrão, com aulas teóricas e práticas, aprenderam sobre desenvoltura, valor, missão e apresentação pessoal, além de noções de governança.
Os formandos
Os sete formandos são:
Mariela G Gonzales, Deidsmar A Dominguez ( está a 1 ano e meio no Brasil, tem 2 filhos que ficaram na Venezuela pois mora no Brasil como pb, sua irmã e seu cunhado, e desde que chegou nunca fez um processo seletivo, pois foi contratada de primeira);
Johana L Garcia (está a 1 ano no Brasil e trabalhou durante 10 anos na Secretaria de Educação da Venezuela e mora no Brasil com seus 3 filhos e marido e seus pais, seu marido trabalha como montador de peças de ferro e seus pais em uma escola);
Carmen Liduvini Calzadilla Alemán (está a 6 meses no Brasil e tem uma filha de 8 anos na Venezuela, que mora com a avô, Carmem mora de aluguel com seu pai);
Marisela Del Valle Rodriguez (está a 2 anos morando no Brasil, mora com a mãe e sua filha de 14 anos em uma casa alugada e já trabalhava aqui fazendo extras como diarista);
Osmeris Del Valle Aguilera Marcano,
e Yaspe Lutonadio Yaspe (está a 2 anos no Brasil, mora com um amigo, e era professor de francês e ciências da computação em uma universidade do Congo, era líder também de um grupo de jovens de partido político que era opositor ao governo; por esse motivo foi levado de sua casa, preso e torturado; conseguiu visto para vir pro Brasil como refugiado).