Saldo do mês foi puxado pelos setores de serviços (112.412 vagas formais) e da indústria de transformação ( 33.472 vagas formais)
Edição do DIÁRIO com agências
Nesta segunda-feira (25), o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, anunciou que o Brasil registrou 173.139 empregos com carteira assinada no mês de fevereiro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Nesse período, o número de postos formais alcançou 38,6 milhões, o que representa um aumento de 0,45% em relação ao mês anterior e de 1,51% em relação ao mesmo período do ano passado. Este é o terceiro ano consecutivo de saldos positivos após os anos de recessão.
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O saldo de trabalhos é mais do que o dobro do registrado em fevereiro de 2018 ( 61.188 postos). Em janeiro, o saldo foi de 34.313 empregos. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o saldo de 2019 chega a 207,4 mil, superior em 68,4 mil ao do mesmo período de 2018 (139 mil) e em 130,9 mil ao de 2017 (76,4 mil), o que representa um crescimento de 49,2% na abertura de postos de trabalho.
O resultado de fevereiro de 2019 foi alavancado pelos setores de Serviços, que gerou 112.412 postos de trabalho, e pela Indústria de Transformação, com 33.472 novos postos formais.
Outros setores de destaque foram a Administração Pública, que registrou uma expansão de 1,34%, com geração de 11.395 postos no mês, e a Construção Civil, que criou 11.097 postos, uma expansão de 0,56%.
Já o setor do Comércio registrou o primeiro saldo positivo para o mês de fevereiro desde 2015 (5.990 empregos) e teve expansão de 0,07%. O saldo foi negativo apenas na Agropecuária, com redução de 3.077 postos de trabalho.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, todos os setores apresentaram saldos ainda mais positivos em fevereiro de 2019, com destaque para a Construção Civil, com aumento de 407,7% (11,0 mil contra -3,6 mil), Indústria de Transformação, com aumento de 92,8% (33,4 mil contra 17,3 mil), e os Serviços, com elevação de 70,5% (112,4 mil contra 65,9 mil).
No Sudeste, a expansão foi de 0,51%, com geração de 101.649 vagas formais. Na sequência aparecem as regiões Sul (66.021), Centro-Oeste (14.316) e Norte (3.594). No Nordeste, o saldo foi negativo em 12.441 postos.
Entre os Estados, os maiores saldos ocorreram em São Paulo (62.339), Minas Gerais (26.016), Santa Catarina (25.104), Rio Grande do Sul (22.463) e Paraná (18.254). O maior recuo ocorreu em Pernambuco (-12.396 postos).
Na modalidade intermitente, os dados de fevereiro apontam um saldo de 4.346 postos de trabalho. As maiores gerações de vagas de trabalho intermitente ocorreram nos setores de Serviços (2.311) e Comércio (973).
Os desligamentos por acordo entre as partes propiciaram 19.030 desligamentos no mês de fevereiro. A maioria dos desligamentos (8.930) ocorreu no setor de Serviços, seguido do comércio (4.722) e da Indústria da Transformação (3.305). Entre os estados, houve mais demissões por acordo em São Paulo (5.892), Paraná (2.273) e Rio Grande do Sul (1.739). As ocupações de Vendedor de Comércio Varejista (977), Faxineiro (812) e Auxiliar de Escritório (681) foram as que tiveram mais acordos de desligamentos em fevereiro.