Brasileiros estão mais otimistas para viajar e menos preocupados com a Covid aponta pesquisa

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Levantamento da Wise indica que 55% dos viajantes que costumam viajar para fora do Brasil estão planejando uma viagem internacional nos próximos 12 meses

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


Os brasileiros estão mais entusiasmados para viajar internacionalmente e menos receosos com a Covid, porém mais preocupados com as restrições nas fronteiras. A descoberta é de uma pesquisa encomendada pela Wise (ex-Transferwise) e conduzida pela Morning Consult, que ouviu viajantes internacionais brasileiros.

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Segundo o estudo, mais da metade dos entrevistados (55%) está planejando uma viagem para outro país nos próximos 12 meses – o número é 8% maior do que em agosto de 2021 (47%), quando foi realizada a primeira edição do levantamento. Além disso, um em cada três (32%) turistas internacionais brasileiros visitou outro país nos últimos 12 meses. As principais motivações foram visitar amigos e parentes (44%) e conhecer um local desejado (45%). Já os principais destinos foram os EUA (45%), a Europa (27%) e a América Latina (22%) – os três locais também são os mais almejados entre aqueles que estão planejando viajar em breve, na mesma ordem.

Preocupação com variantes da Covid cai, mas cresce apreensão com restrições

O levantamento ainda avaliou o impacto das variantes da Covid nos planos de viagem. Dois em cada cinco respondentes (40%) dizem que as variantes da Covid os deixaram, no mínimo, um pouco menos confortáveis com as viagens internacionais – o número é 8% menor do que em agosto de 2021.

A preocupação com as variantes da Covid teve uma queda acentuada entre pais com filhos com menos de 18 anos (35%, em comparação com 48% em agosto) e entre aqueles com renda de até R$ 4.999 (38%, ante 53% em agosto).

Enquanto a apreensão relacionada às variantes da Covid diminui, as restrições nas fronteiras, por outro lado, têm dificultado os planos de viagem. Dois terços dos turistas internacionais brasileiros (67%) concordam que as novas restrições de entrada e as regras de quarentena fizeram diminuir o interesse em viajar internacionalmente – 6% a mais do que em agosto de 2021.

Mas nem todos os brasileiros se sentem à vontade para viajar em meio à pandemia. Entre os respondentes que afirmaram não estar planejando uma viagem no próximo ano, os principais motivos são a Covid (58%), a impossibilidade de pagar a viagem que gostariam (31%) e as taxas de câmbio desfavoráveis (31%).

Gerenciamento financeiro varia entre viajantes

A pesquisa da Wise também avaliou como os viajantes administram financeiramente as rotas estrangeiras, e descobriu que 65% dos viajantes brasileiros têm uma conta global que lhes permite gastar no exterior com um cartão de débito internacional.

Essas contas são atreladas a um cartão que facilita os gastos fora do território nacional, e aqueles que viajam mais frequentemente são mais propensos a usar o produto. A maioria dos que viajam internacionalmente mais de uma vez por ano (83%), viajaram internacionalmente no ano passado (81%) e que estão planejando uma viagem internacional (72%) usam contas globais.

“É interessante constatar como os viajantes estão conhecendo melhor e aproveitando os benefícios das contas internacionais. Desde que lançamos o cartão internacional da Wise em dezembro, 30% dos contatos recebidos pelo nosso Customer Service foram de pessoas interessadas no produto por terem uma viagem programada para os próximos meses. A solução é ideal para viajantes e pessoas que gastam em outros países, e facilita o gerenciamento financeiro”, destaca Helene Romanzini, gerente de marketing de produto da Wise.

Já da amostra total de respondentes, 48% costumam usar em viagens o mesmo cartão internacional físico que utilizam no Brasil e 40% costumam usar a versão digital deste mesmo cartão. A conversão de dinheiro físico para a moeda local ainda é adotada por sete em cada dez viajantes (72%), e desses, a estratégia mais comum é converter antecipadamente (44%).

“As contas globais têm crescido na preferência entre os viajantes graças às inúmeras vantagens que elas proporcionam, mas ainda vemos que é necessário reforçar a educação financeira relacionada ao câmbio. Muitos turistas continuam optando por métodos que não são vantajosos, e que incluem taxas altas, muitas vezes ocultas, encarecendo a viagem”, observa Romanzini.

A pesquisa foi realizada em março, com uma amostra representativa de 500 viajantes internacionais em todo o Brasil. Os resultados da pesquisa completa têm uma margem de erro de mais ou menos 4 pontos percentuais.

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