Café Virtual do Futurismo: Andréa Nakane conversa com Rodrigo Rocha, CEO do Meufindi

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A retomada definitiva do turismo irá acontecer, não tão de imediato, mas depois da imunização de mais de 70% das comunidades, cidades e nações, dizem os especialistas.  Vai ser possível acompanhar um rápido crescimento das viagens provocado pela exaustão de tantas restrições e isolamento físico. Tudo aponta para uma forte mudança nos viajantes e na sociedade. Com tantas perdas, econômicas e humanas, espera-se um viajante mais solidário, atento e até mais consciente de seus deveres com o meio ambiente. Uma nova ordem de valores.
Com essa expectativa, o DIÁRIO lança a série Café Virtual do Futurismo, com Andrea Nakane. Não se trata, obviamente de adivinhações, ou prognósticos que iremos buscar em uma bola de cristal ou nas cartas do tarô. Em forma de debate, ouviremos pessoas, executivos que empreendem e não executivos que não empreendem, mas contribuem com essas mudanças. Partimos do princípio que essa ordem de valores priorizará a sustentabilidade, a tecnologia e o sentido comunitário nas várias frentes do turismo.
O termo turismo em sua forma tradicional e convencional ganha nessa série um novo significado. Tecnologia, inovação e consciência sustentável juntas abrem as possibilidades de formas novas do ser humano trabalhar, viver ou se divertir. Isto se chama Futurismo.

por Andréa Nakane (com EDIÇÃO DO DIÁRIO)


Para começar nesse processo do retorno às viagens, nada melhor que começar pelo quintal de nossa casa: o Brasil.

Pensando nesses cenários futuristas, o empresário Rodrigo Rocha criou o Meufindi, um site de oferta de viagens curtas no fim de semana do Brasil. Uma grande sacada que há muito já vinha atraindo interessados, sobretudo dos grandes centros urbanos, e que agora tende a explodir pós pandemia.

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Rodrigo: “Novo mindset de modelo em que a ‘tecnologia serve ao negócio’ para um em que a ‘tecnologia empodera parceiros e clientes, enquanto funciona para o negócio” (Crédito: divulgação)

Para entender um pouco todo esse processo criativo e visão empreendedora, convidamos Rodrigo para abrir a série Café Virtual do Futurismo.

Acompanhem e inspirem-se, bons negócios surgem para mentes abertas e observadoras.

Andréa: O turismo de lazer parcialmente parado há mais de 15 meses, demonstra sinais de um processo de recuperação…e as apostas estão sendo muito para viagens curtas e próximas ao seu endereço residencial… isso tem ligação com o desenvolvimento do seu negócio?

Rodrigo: Sim, o Meufindi surge em um momento no qual as viagens curtas e próximas ao seu endereço residencial estão muito em evidência, devido às restrições referentes a covid-19, às viagens de avião, para outros estados e países foi muito prejudicado. Alguns países por exemplo estão fechados para brasileiros (sem prazo de abertura). Por outro lado, o turismo de viagens curtas no fim de semana ao redor das capitais sempre foi a grande fatia do turismo doméstico! De acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Turismo em média o consumo de viagens de lazer dentro do próprio estado representa 70% do volume de viagens dentro do país.

Então engana-se quem pensa que turismo de fim de semana é um nicho! Na verdade, o turismo de fim de semana é um Oceano Azul de oportunidades para quem souber se posicionar.

Andréa: Oba! Vale a dica de leitura, então, A Estratégia do Oceano Azul*, de W. Chan Kim, Renée Mauborgne, da  editora Sextante. Um best seller que já tem alguns anos de seu lançamento, mas deve ser livro de cabeceira para quem busca entrar de cabeça em um empreendimento próprio. Exemplar que a biblioteca de todo empresário arrojado deve ter.

Como é feita a apuração dos destinos e atualizações de informações?

Rodrigo: As atualizações são feitas de 3 formas: ou pelos fornecedores dos serviços ou pelos nossos agentes locais (temos uma base de apoio em cada cidade). E também temos um time que cuida da curadoria e de todo conteúdo disponível em nossos canais de divulgação.

Mais de 100 destinos até 300km da capital paulista, atualmente (Reprodução de tela)

Andréa: Que tipo de parcerias você realiza para viabilizar o Meufindi?

Rodrigo: Parcerias são a base do nosso modelo de negócios. Apesar de trabalharmos de forma independente, um dos grandes diferenciais do Meufindi é o nosso posicionamento estratégico alinhado com as necessidade e oportunidades de cada cidade/destino. Parcerias com Poder Público, Comtur, Conventions & Visitors Bureau e com o empresário local, são a base do Meufindi. Somos como uma extensão de um trabalho que já existe dentro da maioria das cidades turísticas do país.

Fornecemos todo nosso expertise em turismo aliado à melhor tecnologia de pagamento, inteligência artificial e às melhores ferramentas e profissionais de marketing digital para todos os nossos parceiros de forma igual independente do setor e do porte.

Nosso mindset está focado em como evoluir de um modelo em que a ‘tecnologia serve ao negócio’ para um em que a ‘tecnologia empodera nossos parceiros e clientes, enquanto funciona para o negócio’”.

Andréa: E isso tudo sem perder a essência da prestação de serviço com acolhimento… show… Até o momento os investimentos do Meufindi foram todos oriundos de caixa próprio, correto? Como é a gestão para movimentar a rentabilidade para a sustentabilidade do negócio?

Rodrigo: Sim… até o momento o aporte financeiro foi todo meu e nossa rentabilidade vem das vendas dos serviços que divulgamos. Sem mistérios. Objetivo e Transparente. Muito além de cobrar uma taxa de intermediação que é muito comum no setor, o propósito do Meufindi é implementar como regra um modelo que a nossa receita, como um parceiro estratégico de negócio, será na sua totalidade atrelada ao crescimento de faturamento, às vendas e à valorização do negócio de nossos clientes (parceiros e fornecedores locais).

Uma outra peculiaridade bem interessante no que diz respeito aos aspectos inovadores do Meufindi é que somos a primeira fintech do Brasil no ramo do turismo no Brasil, ou seja, trabalhamos para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro. Além das taxas de serviço serem mais acessíveis do que de outras empresas, oferecemos uma parceria de fidelização. Ao comprar pelo Meufindi, o consumidor pode ganhar diversas vantagens, como, refeições, passeios e até mesmo descontos.

Meufindi: ideias de escapadas perto de casa: https://oquefazernofds.com/

Andréa: Pode se esperar uma atuação do Meufindi em cada capital do Brasil? Quais seus planos futuros?

Rodrigo: Sim, sem dúvida nós pensamos grande! Atualmente temos mais de 100 destinos até 300km da capital paulista, que também se ampliam entre Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e a meta para este ano é ampliar para todo o sudeste. Temos um caminho bem definido e pretendemos estar em todos os 27 estados mais Distrito Federal em no máximo 2 anos. A internacionalização também está dentro dos nossos planos.

Temos muitos desafios ainda nesse ano, estamos no começo da nossa jornada, mas sei que estamos no momento certo e com o posicionamento mais adequado para atender em cheio as necessidades que o mercado precisa.

Andréa: Boas ideias sempre impulsionarão bons negócios e ver os olhos brilhando e a garra com que o Rodrigo Rocha expõe seu trabalho, só nos fazem ter a certeza que o amanhã já está chegando e com ele novos modelos irão revigorar o nosso tradicional turismo! Está chegando o futurismo!

As malas estarão prontas, logo, logo!!


Obra Citada: Estratégia do Oceano Azul – Editora Sextante

Fenômeno global que já vendeu 3,5 milhões de cópias e publicado em um recorde de 43 idiomas, “Estratégia do Oceano Azul” é um best-seller nos cinco continentes. Atualizada e ampliada, esta é uma obra de referência para organizações e indústrias em todo o mundo, pois desafia tudo o que se entendia sobre os requisitos para o sucesso estratégico. Apresenta uma nova maneira de pensar sobre estratégia, com a criação de novos espaços (Oceano Azul) e separação da concorrência, que é entendida como um sangrento oceano vermelho de rivais. Com base em estudo de 150 movimentos estratégicos, os autores mostram que ao criar novos nichos de mercado e fazendo da concorrência um fator irrelevante, as empresas encontram um outro caminho para o crescimento. Esta é uma obra que apresenta uma abordagem sistemática para tornar a concorrência irrelevante e descreve princípios e ferramentas que qualquer organização poderá usar para criar e capturar os seus próprios “Oceanos Azuis”.



*Andréa Nakane é profissional da área de Eventos e Hospitalidade há cerca de 28 anos. Explora com sutilezas acadêmicas e humanas  os detalhes que fazem a diferença mercadológica entre simplesmente ser algo mecânico e opta por peculiaridades que vão muito além da razão, pois envolve emoções. É diretora da empresa de eventos Mestres da Hospitalidade. Escreve para o DIÁRIO desde 2010.

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