Edição do DT com agências
A avenida 23 de Maio, escolhida pela prefeitura de São Paulo para abrigar megablocos, ficou lotada neste domingo (11) com foliões embalados por ritmos diversos, do axé ao funk. Este foi o primeiro dia da operação que funciona como um teste da gestão Doria (PSDB) para o Carnaval. A via é uma das mais importantes da cidade e faz a ligação entre as regiões sul e norte.
Com blocos populares, como o Domingo Ela Não Vai e o Vou de Táxi, e barracas de churrasco grego e hambúrguer artesanal, a via atraiu um público variado que chega a ocupar cerca de 800 metros; a maior concentração de pessoas está na altura do hospital Beneficência Portuguesa.
A estrutura, porém, enfrentou gargalos. Com a maior parte da avenida dividida por uma trilha de grades de segurança, sem respiros os participantes tiveram que pular as barreiras para ir de um lado para o outro.
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A única pista disponível para o trânsito livre de ambulâncias e polícia foi invadida por foliões por volta das 15h, dificultando o trânsito dos veículos que tentam passar.
Mais de uma vez, profissionais dos blocos pediram para que a área reservada às ambulâncias não fosse bloqueada pelo público – o que não foi atendido.
A movimentação na 23 de Maio começou às 11h, com a preparação para a saída do bloco Domingo Ela Não Vai. No início da tarde, o bloco Vou de Táxi começou seu desfile tocando hits dos anos 90 como “Vamo Pulá!”, da dupla Sandy e Junior.
Às 16h, o bloco Chá Rouge começa sua apresentação com a banda Rouge tocando seus principais sucessos na avenida.
A previsão é que mais de 1 milhão de pessoas circularariam na região ao longo de todo o domingo. No próximo sábado (17), a avenida, um dos principais acessos ao aeroporto de Congonhas, volta a ser parcialmente fechada para a passagem de blocos pós-Carnaval.
Quase dois milhões na rua
Com mais adeptos a cada ano, no sábado (10) de Carnaval as ruas da capital paulista receberam 1,65 milhão de foliões e no Sambódromo do Anhembi, informou neste domingo a prefeitura. A estimativa é de agentes da Guarda Civil Metropolitana, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), dos responsáveis pelos blocos e dos produtores da comissão do Carnaval.
As equipes de saúde municipais realizaram 163 atendimentos no Sambódromo do Anhembi, local onde desfilaram sete escolas de samba durante essa madrugada. Já, nos blocos, foram 284 atendimentos.
Quanto à limpeza, as equipes da prefeitura recolheram 351 toneladas de lixo.
Multas e apreensões
A Guarda Civil Metropolitana apreendeu 1.031 itens que estavam sendo comercializados irregularmente nas ruas da cidade. No Anhembi foram apreendidos 10 carrinhos de vendedores irregulares.
A prefeitura também informou que 105 pessoas foram multadas por urinar nas ruas e vias dos bairros de Pinheiros, da Sé e da Vila Mariana, onde se concentraram os maiores blocos.
Também foram identificadas 148 situações de trabalho infantil entre sexta-feira (9) e sábado (10).