João Ricardo Mendes, CEO e fundador da Hurb, antigo Hotel Urbano, afirmou nesta quinta-feira (14) durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides financeiras que a empresa conseguiu negociar com um banco a antecipação de recebíveis para a próxima segunda-feira (18). As informações são do jornal Valor Econômico.
O executivo informou que 17 mil clientes estão com pedidos em aberto para receber seu dinheiro de volta. Outros 36 mil não conseguiram viajar e não pediram reembolso.
O executivo não informou o nome do banco. O plano de Mendes, segundo disse na CPI, é quitar as pendências de reembolso até o fim do ano.
A situação financeira da companhia se agravou pois foi ficando sem acesso a crédito. Inicialmente, o bloqueio foi feito pelo Itaú. A Hurb, então, tentou transferir sua conta para outras instituições.
Operação de risco
O bloqueio às antecipações de recebíveis aconteceu diante do agravamento da crise do Hurb, que não estava conseguindo realizar as viagens contratadas pelos clientes. O cenário acendeu uma luz amarela nas instituições financeiras, uma vez que o consumidor, ao não receber o serviço que comprou, pode contestar a cobrança e suspender o pagamento – no chamado “chargeback”. Desta forma, o banco ficaria com o prejuízo.
O executivo foi questionado sobre a quantidade de clientes em pendência. No total, 17 mil estariam com pedidos em aberto para receber dinheiro de volta. Haveria ainda 36 mil clientes com pacotes em aberto e que não pediram reembolso.