O presidente do conselho e CEO do grupo Lufthansa, Carsten Spohr, esteve na semana passada no Brasil.
Em entrevista concedida ao Valor Econômico o executivo disse que a empresa intenta ampliar a operação no Brasil, mas faltam aviões.
Segundo ele, os brasileiros vêm lotando os voos, mesmo com os preços salgados, mas adianga que o grupo oferta hoje por aqui 23% menos assentos neste início de ano do que em 2019 (antes da pandemia) “Conseguir aviões tem sido um desafio”, disse.
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A falta é tamanha que a empresa se viu obrigada a reduzir a frequência de voos na rota Rio-Munique. Na temporada que vai de março a outubro deverá ficar com três voos semanais. Atualmente são cinco e antes da pandemia era um voo por dia.
Cartsten disse que infelizmente a situação de aviões no mundo está difícil. Boieng e Airbus estão entregando aviões em um ritmo muito mais lento do que se esperava. “Não é a demanda que nos afasta da retomada total, é a questão operacional”, disse Spohr.
“Estamos avaliando a retomada da rota do Rio [para Munique] para frequência diária assim que tivermos aviões para isso. Avaliamos também reabrir Munique-São Paulo [que havia sido inaugurada em dezembro de 2019 e foi suspensa em março de 2020].
O grupo Lufthansa opera atualmente 19 voos semanais ao Brasil: diário São Paulo – Frankfurt, diário São Paulo – Zurique e cinco voos semanais Rio – Munique. Antes da pandemia, eram de 22 a 25 voos semanais. Não há data ainda para a rota Rio-Frankfurt ser reaberta.
A aérea tem como meta recuperar 87% da sua oferta global em 2023 na comparação com o pré-pandemia. Em 2022, esse indicador ficou abaixo de 80%. No terceiro trimestre do ano passado a empresa registrou um lucro líquido de 809 milhões de euros, revertendo o resultado negativo de 72 milhões de euros de um ano antes.
O resultado positivo veio na esteira da retomada dos passageiros junto das tarifas mais elevadas. Entre julho e setembro, mais de 33 milhões voaram com as companhias aéreas do Grupo Lufthansa (um ano antes foram 20 milhões). No mesmo intervalo, a taxa de ocupação das aeronaves com o transporte de passageiro saltou 17,3 pontos percentuais, para 86,1 (EDIÇÃO DO DT com informações do VALOR ECONÔMICO)